Na última semana, o mundo do futebol falou muito de Cuca, contratado pelo Corinthians. Mesmo que o treinador já tenha se demitido, ficou muito “manchada” a diretoria corintiana pela decisão. Cuca é acusado de, ainda jogador, participar de atos de assédio sexual e estupro de menores em 1987, na Suiça, com mais 3 companheiros de equipe.
Entenda o “Caso Cuca”
Em 1987, o Grêmio (treinado por um jovem Luiz Felipe Scolari) fez uma excursão pela Europa, onde jogaria a extinta Copa Phillips. Na ocasião, o time gaúcho estreou com vitória de 2×1 sobre o Benfica, mas as manchetes eram outras: na manhã seguinte quatro policiais suíços se dirigiram ao hotel para prender Cuca e mais 3 atletas. A acusação era de violação, assédio e estupro contra uma jovem de 13 anos.
O quarteto de jogadores ficou 1 mes detido, com o atual treinador tendo ficado sozinho em uma cadeia cerca de Berna, capital da nação. Os atletas foram liberados mediante pagamento de fianças e até hoje é discutida a ética da soltura.
A defesa jurídica de Cuca alega, principalmente, que o ex-jogador imaginou que a fã (que encontrou os jogadores no hotel) tinha mais de 18 anos, não conseguindo confirmar sua idade por conta de barreiras linguísticas. Também não é confirmado se Cuca participou ativamente do ato sexual ou foi cúmplice, permitindo que o crime ocorresse em seu quarto na sua presença.
A torcida do Palmeiras não deixou barato: corintianos sempre se orgulharam da consciência social e da posição política e econômica de sua torcida, o que se mostrou hipócrita com a contratação de Cuca, um profissional que, notoriamente, desrespeitou e violou uma mulher.
Para “comparar”, palmeirenses aproveitaram para salientar o outro lado da profissão: Abel Ferreira já se mostrou diversas vezes tão genial na beira do campo quanto no trato com as pessoas e na sua sensibilidade. Um exemplo lembrado foi quando houveram as tragédias no Litoral Norte do Estado. Relembre o caso:
Abel dá aula de cidadania
Abel Ferreira já demonstrou diversas vezes o porquê é tão amado e respeitado pela torcida do Palmeiras. Na beira do gramado, coleciona casos de sucessos, títulos e estratégias vitoriosas. E fora de campo, ele também dá grande orgulho para a família palmeirense através de seus gestos e ações. E após os terríveis acontecimentos no Litoral Norte de São Paulo, onde as chuvas e tempestades prejudicaram muito diversas cidades, chegando a destruir casas e carros, além de isolar completamente diversas regiões, Abel repetiu o ato.
Em vídeo gravado nessa tarde, durante o treinamento, o técnico português anunciou que se juntou à diretoria do Verdão para doar todos os ganhos financeiros da camisa personalizada comemorativa da última temporada para as vítimas da tragédia. O gesto vai de encontro “à grandeza de uma equipe como o Palmeiras”, mas também em atributos semelhantes de seu treinador. O perfil oficial do Verdão lembrou também da importância de se comparecer com doações de alimentos e itens de higiene básica.
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