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História da Sociedade Esportiva Palmeiras

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Elenco do Palmeiras
Elenco do Palmeiras. FOTO: Lucas Figueiredo/CBF

Criação do Palestra Italia

A história da Sociedade Esportiva Palmeiras se deu início em 1914, por meio de um sonho vindo de grande parte dos imigrantes italianos na cidade de São Paulo. Os idealizadores do alviverde foram impulsionados por uma viagem feita por Torino e Pro-Vercelli, ao Brasil, no início do século XX. Através de um jornal da época, o Fanfulla, Luigi Cervo, Luigi Marzo, Vicenzo Ragognetti e Ezequiel Simone divulgaram um convite aos interessados na fundação de uma sociedade esportiva que tivesse a representatividade que a imensa comunidade merecia.

Alguns logos da história da sociedade esportiva palmeiras

Após conversas e reuniões, no dia 26 de agosto de 1914, no extinto Salão Alhambra, que era situado na antiga Rua Marechal Deodoro, nº 2 (região onde hoje situa-se a Praça da Sé), e na presença de 46 interessados (em sua maioria funcionários das Indústrias Matarazzo), foi fundado o Palestra Italia.

O Palestra foi criado com a motivação de confirmar a recém-concluída consolidação da Itália na Europa, formando um time que representasse a comunidade italiana como um todo, assim, brigando de frente com os grandes clubes da cidade. Para iniciar sua jornada de jogos, a equipe alviverde ficou três meses inteiros treinando no campo da rua Major Maragliano, na Vila Mariana, realizando testes para disputar sua primeira partida oficial.

Primeira partida oficial

Em seu primeiro ano, o Palestra disputou apenas amistosos. Já em 1916, o clube de origem italiana conseguiu uma vaga para disputar o torneio estadual (atual Campeonato Paulista). A estreia no Campeonato Paulista ocorreu no dia 13 de maio de 1916. O Palestra ficou no empate por 1 a 1 com o Mackenzie, vice-campeão paulista do último ano. O empate ficou marcado como a primeira partida oficial da história do Palmeiras.

História do Palmeiras

Primeiro título

Em 1920, o Palestra Italia se sagrou campeão estadual pela primeira vez na história, superando o Paulistano na final, por um placar de 2 a 1. O Paulistano naquela época, já havia sido campeão quatro vezes do Campeonato Paulista. Ao mesmo tempo em que se evoluía esportivamente, o Verdão também crescia fora de campo. Em 1920, com o apoio da Companhia Matarazzo, o clube efetuou a compra do campo de futebol e de grande parte do terreno do Parque da Antarctica pelo valor de 500 contos de réis, uma fortuna à época.

Primeira partida internacional da história da Sociedade Esportiva Palmeiras

Com o passar dos anos, o Palestra foi se consolidando no cenário estadual, com isso, novos objetivos foram traçados. Em outubro de 1922, o clube do Parque Antártica goleou a Seleção Paraguaia por 4 a 1. A partida aconteceu na Chácara da Floresta. O amistoso também foi válido pela simbólica Taça Guarani.

Além disso, o clube comemorou pela primeira vez um bicampeonato paulista, em 1926 (título invicto) e 1927, faturou uma edição extra do Paulistão, em 1926 (de novo invicto), e, no mesmo ano, conquistou a Copa dos Campeões Estaduais Rio-São Paulo, o primeiro título interestadual da extensa galeria de conquistas palestrinas.

Década de 30

Ao longo da década de 30, o Palestra colecionou títulos importantes. Além de comemorar seu primeiro tricampeonato paulista, em 1932, 1933 e 1934, também levantou os troféus estaduais de 1936 e 1940, sagrou-se campeão da última edição do Campeonato Paulista Extra, em 1938, e levantou o primeiro Torneio Rio-São Paulo da história, em 1933. Em outros esportes, o Palestra também estava bem representado.

Em marcha vitoriosa, o Palestra tornou-se também tricampeão estadual de basquete nos mesmos anos de 1932 (quando foi disputada a primeira edição do torneio), 1933 e 1934, fazendo com que a torcida palestrina comemorasse com o grito de “com o pé e com a mão, o Palestra é campeão”.

No mesmo ano de 1933, o Parque Antártica viveu sua primeira reforma e se tornou o estádio mais moderno do país na época: a arquibancada geral, que era de madeira, passou a ser de concreto armado; além disso, uma tribuna social foi erguida para os associados do clube. Rebatizado para “Stadium Palestra Italia”, a casa alviverde foi reestreada no dia 13 de agosto daquele ano com uma vitória por 6 a 0 sobre o Bangu, pelo Torneio Rio-São Paulo. Neste mesmo período, a sede social foi transferida do centro para o entorno do estádio.

Na inauguração do estádio do Pacaembu, no dia 28 de abril de 1940, o Palestra também foi protagonista, goleando o Coritiba por 6 a 2, em partida válido pelo Torneio de Inauguração do Pacaembu. Uma semana depois, a equipe alviverde bateu o Corinthians por 2 a 1 e se tornou o primeiro time a ser campeão no estádio municipal.

De Palestra a Palmeiras

Durante a Segunda Guerra Mundial, em 1942, o governo da época, regido por Getúlio Vargas, instituiu um decreto que proibia a qualquer empresa ou entidade o uso de nomes relacionados a Alemanha, Itália e Japão, com isso, o Palestra e seus gerenciadores, se viram obrigados a mudar de nome, passando a se chamar Palestra de São Paulo. A mudança não acalmou os ânimos políticos, sob pena de perder seu patrimônio para outro clube e ser retirado das competições, o Palestra São Paulo teria que mudar de nome novamente.

Paulistão de 1942: Arrancada histórica e inimigos da pátria

A partida final do Paulistão, contra o São Paulo Futebol Clube, foi tensa. O Palmeiras entrou em campo conduzindo a bandeira brasileira sob o comando do capitão do Exército Adalberto Mendes, impedindo possíveis vaias da torcida adversária. E, com a bola rolando, o Alviverde já vencia o jogo por 3 a 1 quando teve um pênalti a seu favor.

Foi então que o adversário, que instruiu seus atletas a encararem os jogadores do Palmeiras como inimigos da pátria, desistiu do jogo e deixou o campo sob vaias até da própria torcida. As comemorações começaram ali. No dia seguinte, os jornais esgotaram-se nas bancas. Todos queriam ver a foto do Palmeiras entrando em campo e a manchete: “Morreu líder, nasceu campeão”.

No restante da década de 40, o Palmeiras também conquistou o Campeonato Paulista de 1944, 1947 e 1950, se consolidando como o maior vencedor do estado. Nessa década de conquistas, foi composto o atual hino da Sociedade Esportiva Palmeiras, em 1949, pelo italiano naturalizado brasileiro Antonio Sergi, ex-maestro, regente, arranjador e professor do Conservatório Dramático e Musical de São Paulo.

Campeão Mundial de 1951

O primeiro campeonato mundial da história foi projetado e apoiado pelo então presidente da Fifa, Jules Rimet. A competição foi disputada no Brasil com a participação de oito times, divididos em duas chaves de quatro: Vasco da Gama (Brasil), Áustria Viena (Áustria), Nacional (Uruguai) e Sporting (Portugal), com sede no Rio de Janeiro; Palmeiras (Brasil), Juventus (Itália), Estrela Vermelha (Iugoslávia) e Olympique de Nice (França), com sede em São Paulo.

Ao final da fase de pontos, Palmeiras e Juventus de Turim decidiram o título em duas partidas. O time do Parque Antártica venceu o primeiro jogo no Maracanã por 1 a 0, gol de Rodrigues. Em 22 de julho, o segundo confronto terminou empatado em 2 a 2, gols de Rodrigues e Liminha. O empate foi o necessário para o Palmeiras se tornar o primeiro campeão mundial da história.

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Campeão Nacional

O fim da década foi coroado com o primeiro título nacional da extensa galeria alviverde. Disputada pela segunda vez em 1960, a Taça Brasil reuniu os 17 campeões estaduais na briga pelo troféu de campeão brasileiro. Invicto, o Palmeiras chegou à final vencendo o Fluminense na segunda semifinal, após empate no primeiro jogo. O título foi conquistado com duas vitórias sobre o Fortaleza na decisão (3 a 1 no estádio Presidente Vargas e goleada por 8 a 2 no estádio do Pacaembu).

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Década de 60 e Academia de Futebol

O nível do futebol palmeirense era tão elevado que fez com que o clube fosse chamado de Academia de futebol nos anos 60, já que palestrava futebol aos rivais enquanto colecionava conquistas pelo país. Essa boa fase deu início a primeira Academia de ídolos, como Valdir de Morais, Djalma Dias, Djalma Santos, Julinho, Ademir e Servílio.

Em São Paulo, foram duas taças, em 1963 e 1966. Sob o comando de Filpo Nuñes, o Palmeiras se sagrou campeão do Rio-São Paulo. Ao longo da campanha, emendou goleadas contra os principais rivais: foram sete gols no Santos, cinco no Botafogo em pleno Maracanã, cinco no São Paulo e mais quatro no Vasco . O título máximo foi conquistado em outra goleada diante do Botafogo, desta vez no Pacaembu.

Ao final dos anos 60, o Palmeiras acrescentou mais três taças à sua galeria de títulos nacionais. O ano de 1967 foi histórico para o Palmeiras e para o futebol brasileiro: campeão da Taça Brasil e do recém-criado Torneio Roberto Gomes Pedrosa, a equipe confirmou por duas vezes no mesmo ano o posto de melhor do país. O clube também tornou-se tetracampeão brasileiro em 1969 após conquistar seu segundo título do Robertão e faturou o Torneio Ramón de Carranza, na Espanha, ao bater o Real Madrid na decisão.

Década de 70

Em 1972, já sob o comando de Oswaldo Brandão (campeão como técnico dos Paulistões de 1947 e 1959 e do Brasileiro de 1960) e um ano depois de ser prejudicado na final do Campeonato Paulista contra o São Paulo, o Palmeiras fez história e conquistou todos os títulos que disputou. Os principais foram o Paulistão, vencido de forma invicta diante do mesmo São Paulo na decisão, e o Brasileirão, ganho pela quinta vez depois de empatar com o Botafogo na final, no Morumbi.

Ainda no futebol, com a manutenção do elenco vencedor de 1972, o Verdão sagrou-se hexacampeão brasileiro em 1973 demonstrando enorme superioridade sobre os rivais: em 40 jogos, foram apenas 3 derrotas e 13 gols sofridos.

Em 1974, o título paulista veio acompanhado de um sabor a mais: com a vitória por 1 a 0 sobre o Corinthians na decisão, o Palmeiras aumentou para 20 anos o jejum de títulos do adversário. Dois anos depois, o clube faturou seu 18º título do Campeonato Paulista batendo o recorde de público do estádio Palestra Italia ao vencer o XV de Piracicaba por 1 a 0, na partida final, diante de 40.283 pagantes.

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Adoção do Porco como símbolo da torcida

No dia 29 de outubro do ano de 1986, o Palmeiras assumiu definitivamente o “Porco” como mascote. Numa partida contra o Santos, ao ouvir tímidos gritos de “porco” vindos da torcida rival, os palmeirenses responderam com um “e dá-lhe Porco!! e dá-lhe Porco!! olê, olê, olê…” e “Porcoôôô..”. Alguns dias depois, para consagrar mudança, a Revista Placar estampou em sua capa o ídolo Jorginho Putinatti, símbolo daquela geração, segurando um porco no colo.

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Década de 90

Com uma parceria bem sucedida com a Parmalat, o Palmeiras conseguiu inúmeras conquistas na década de 90. Em 1993 o Palmeiras venceu o Campeonato Paulista, goleando o Corinthians por 4 a 0 na segunda partida da final e deu fim ao jejum de 16 anos sem títulos.

Após derrota por 1 a 0 no primeiro jogo, com gol de Viola e provocação ao Palmeiras imitando um porco na comemoração, o técnico Vanderlei Luxemburgo motivou ainda mais os jogadores – que atropelaram o rival no segundo jogo. Zinho, Evair e Edílson marcaram os gols no tempo regulamentar, e coube ao matador Evair o gol do título e da quebra do tabu na prorrogação. A imagem da comemoração do camisa 9 é uma das mais simbólicas do período.

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No Brasileirão de 1993, depois de ótima campanha na primeira fase, o time faturou o título com dois triunfos sobre o Vitória na decisão e superou o Santos em número de títulos nacionais. Heptacampeão brasileiro, o Verdão ainda ampliou a marca no ano seguinte, conquistando o bi no Brasileiro de 1994 . Na primeira partida da final, o Palmeiras derrotou o Corinthians por 3 a 1, com grande exibição do meia Rivaldo, que marcou dois dos três gols palmeirenses. Tranquilo no segundo jogo, o Verdão ficou com o título após empate em 1 a 1.

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A América é Verde

Com velhos conhecidos, como Cléber, César Sampaio, Zinho e Evair, e novos craques, como Arce, Junior, Alex, Paulo Nunes e Oséas, o período vitorioso do Palmeiras culminou na conquista da Copa Libertadores da América de 1999, feito considerado um dos maiores da história do clube e que consagrou o goleiro Marcos como um dos maiores ídolos da torcida.

O título foi confirmado após a equipe derrotar, no tempo normal (2 a 1) e nos pênaltis (4 a 3), o Deportivo Cali, da Colômbia, em partida decisiva realizada no Palestra Italia, em 16 de junho, nas quartas de final, o Verdão havia eliminado o Corinthians nos pênaltis, além de deixar para trás outros fortes concorrentes ao título, como o Vasco da Gama (oitavas) e o River Plate (semifinal).

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Década de 2000

O início da década de 2000 marcou o fim da era Parmalat. Após o rompimento da parceria, o Palmeiras foi obrigado a superar mais um árduo período de reconstrução política e administrativa, que estagnou as conquistas nos primeiros anos do Século XXI. Mesmo assim, apesar da grande reformulação no elenco, o Verdão chegou à semifinal da Libertadores em 2001 pelo terceiro ano consecutivo, fato inédito na história do clube.

Em 2002, o Palmeiras passou pela sua pior fase desde sua criação ao ser rebaixado para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro. A boa notícia da temporada foi a permanência do goleiro Marcos, que havia acabado de ser pentacampeão mundial com a Seleção Brasileira meses antes.

O ano de 2003 do Palmeiras ficou marcado pela oportunidade recebida aos garotos da base do Palmeiras. Vagner Love, Diego Souza e Edmílson foram os grandes protagonistas daquela campanha que culminou com o título da segunda divisão.

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Década de 2010

Depois de um 2011 apagado, o Palmeiras voltou a conquistar títulos em 2012. O time comandado por Luiz Felipe Scolari conquistou a Copa do Brasil daquele ano. A conquista veio com o empate em 1 a 1 diante do Coritiba, no estádio Couto Pereira, na partida de ida, na Arena Barueri, o Verdão havia vencido por 2 a 0. Na mesma temporada, contudo, o Alviverde conheceu o seu segundo rebaixamento para a Série B do Campeonato Brasileiro, disputando o torneio em 2013 e retornando à elite em 2014.

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No início de 2015, além do acerto com a Crefisa como patrocinador máster, novos personagens chegaram à Academia de Futebol e consolidaram a reformulação no futebol do Palmeiras. Naquele ano, o Palmeiras voltou a vencer a Copa do Brasil, desta vez, contra um rival, o Santos de Gabigol e Ricardo Oliveira. pós vitória no Allianz Parque por 2 a 1, faturou a taça nas penalidades com direito a batida decisiva do goleiro Fernando Prass, conquistando a 12ª taça nacional e consolidando o clube como o Maior Campeão do Brasil.

https://www.youtube.com/watch?v=I_wsjejQ8QM

Em 2016, mais um título expressivo pra conta do time alviverde. Naquele ano, o Palmeiras colocou um fim no jejum de 22 anos sem conquistar o Brasileirão. Sob o comando de Cuca, que assumiu o time no meio da competição. No campeonato, o Palmeiras fez um campeonato sólido e conquistou o título de forma fácil. O capitão Dudu levantou a taça com uma rodada de antecedência, depois de o Palmeiras derrotar a Chapecoense, por 1 a 0, no Allianz Parque lotado.

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Em 2018, lá estava o Verdão mais uma vez, para conquistar o décimo título do Campeonato Brasileiro. O título consolidou a ótima fase do clube, pois, pela primeira vez na história, a equipe alcançou uma das duas primeiras colocações do Campeonato Brasileiro em um recorte de três anos consecutivos, sendo campeão em 2016 e em 2018, além do vice de 2017.

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Em 2020, comandado por Vanderlei Luxemburgo, o Palmeiras voltou a vencer o campeonato Estadual, depois de 12 anos. Após começar o ano já com a conquista de um torneio amistoso (Florida Cup) do qual o Corinthians também havia participado, o Palmeiras de Vanderlei começou o Campeonato Paulista embalado.

A conquista do o título paulista foi sobre o arquirrival em uma emocionante final no Allianz Parque, nos pênaltis, sendo que a conquista veio em um momento atípico: durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), que já havia acometido mais de 100 mil pessoas no Brasil até o fim do Campeonato Paulista, o torneio chegou a ser interrompido por quatro meses.

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Em novembro, às vésperas dos mata-matas da Libertadores, o Palmeiras anunciou o português Abel Ferreira como o novo comandante da equipe. Até então desconhecido por boa parte da torcida, o profissional não demorou muito para cair nas graças dos palmeirenses e entrar na história do Alviverde. Com uma personalidade única e em pouco mais de quatro meses no cargo, Abel conduziu o time aos títulos da Libertadores, diante do Santos, no Maracanã.

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Ainda em 2021, o Palmeiras conquistou mais uma Libertadores, fato que nunca havia acontecido na história do alviverde (ser campeão duas vezes seguidas). Em cima do embalado Flamengo de Renato Gaúcho, o time comandado por Abel Ferreira conseguiu vencer a partida por dois a um, com gol de Deyverson no final, consagrando o Palmeiras tricampeão da América. No início de 2022, deu a lógica no Estadual. Após uma virada histórica pra cima do São Paulo, o Palmeiras levantou o troféu.

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