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Opinião: Luxemburgo no Corinthians é hipocrisia e prova que estão tentando copiar nosso 2020

Vanderlei Luxemburgo no comando do Palmeiras (Foto: Cesar Greco / Palmeiras)
Vanderlei Luxemburgo no comando do Palmeiras (Foto: Cesar Greco / Palmeiras)

Apesar de Vanderlei Luxemburgo fazer parte do nosso 2020 vencedor, acertar com o Corinthians prova duas coisas: que eles nos invejam e que já não são mais o time do povo. Contratar Cuca, em primeiro plano e, posteriormente, investir em Luxemburgo, é uma prova clara de que eles não só não se importam mais com a opinião da torcida como, de certa forma, estão investindo muito mais na história vencedora do Palmeiras do que em suas próprias convicções.

Como Luxemburgo mostra hipocrisia corintiana?

Embora nossa história recente e filosofia de Abel Ferreira de construir homens de caráter, além de só atletas, tivemos alguns treinadores controversos recentemente. Cuca foi um deles. A questão que a mídia não soube abordar foi que, na época, o estupro em si não era tratado como hoje. Evoluímos em questões sociais. Mas, o time do povo, como os corintianos dizem, regrediu. Os que tanto nos criticaram, hoje, buscam como base nossa história.

Cuca, em entrevista coletiva quando ainda era técnico do Corinthians (Reprodução: Corinthians)

Aliás, em menos de um mês, tentaram repetir a fórmula palmeirense de vitória. Primeiro foi Cuca, que, por linchamento nas redes, pediu demissão. Então, o nome de Roger Machado foi ventilado por lá. E o que muda? Que, enquanto alguns membros da Democracia Corintiana, como Walter Casagrande, pediram o treinador, por ser jovem e ter ideias inovadoras, o lado conservador da torcida optou pelo Luxemburgo, alegando que a mídia estava pautando seu comandante com “lacração”. Inclusive, o alvinegro decidiu pagar “apenas” R$ 500 mil ao Luxa, metade oferecido ao ex-clube.

Vanderlei Luxemburgo e Felipão em pós-jogo (Reprodução: Internet)

E como isso afeta o Palmeiras?

Simples: é uma demonstração clara de que, nos últimos anos, crescemos de forma gigantesca, enquanto os outros times se apequenaram. Hoje, no Brasil, somos para a terceira maior torcida do país, passando o soberbo tricolor. Já o “todo poderoso” precisa copiar nosso modelo de trabalho para, quiçá, tentar disputar algum título. E, se um dia o Santos acreditou nos 4% de chance de vencer a Libertadores em 2020, atualmente, tentam repetir nossos passos para, ao menos, não serem rebaixados.

Palmeiras
Palmeiras comemorando a Libertadores de 2020, em período pós-Vanderlei Luxemburgo (Reprodução: Palmeiras)

Com uma gestão consciente e quitação gradual de dívidas, pleiteamos uma disputa direta com o Flamengo, que tem maior número de torcedores, mas, NEM DE PERTO, tão apaixonados quanto os palmeirenses. Assim, restou aos adversários copiar nossa fórmula vencedora. Contudo, NINGUÉM É IGUAL AO PALMEIRAS. Somos um time que aprendeu perdendo pra, depois, voltar a vencer. A mentalidade de “Cabeça Fria, Coração Quente” mudou a realidade alviverde para sempre.

Luxemburgo pode mudar o panorama paulista?

É algo muito difícil de acontecer. Aliás, graças ao Abel Ferreira, nosso time aprendeu a respeitar nossa história e, principalmente, o adversário, coisa que nossos rivais nunca fizeram. Jogamos no 11 contra 11 com hombridade, sem mau caratismo como alguns clubes. Em suma, aprendendo com nossos erros, entendemos que o jogo se vence na bola e tão somente nela. Sem palavras, ofensas ou soberba. Nada disso. Se precisarmos ser o time da virada? Somos. Se ganharmos de 5 a 0 em uma partida? Na próxima é outro confronto, foco total.

Abel Ferreira em entrevista coletiva (Reprodução: Palmeiras)
Abel Ferreira em entrevista coletiva (Reprodução: Palmeiras)

É claro, devemos todo respeito ao técnico que já foi muito vencedor por aqui. No entanto, incentivar os atletas com palavras de baixo calão e bravatas com genitálias não cabe mais no futebol atual. Muito menos apoiar um indivíduo condenado por estupro de vulnerável. É só comparar como são as posturas dos dois em relação ao Abel fora de campo. Enquanto uns são reconhecidos por polêmicas, o português segue com ações sociais extracampo, não dando possibilidade para que os outros o critiquem.

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