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“Erro grave”: diretoria do Palmeiras é questionada por movimentos no mercado

Diretoria do Palmeiras
Diretoria do Palmeiras. Foto: Cesar Greco/Palmeiras

Vender é preciso?

Com tanto sucesso, é normal que o Palmeiras seja um clube muito visado por outras equipes na hora de buscar craques. Seja porque o sonho europeu (e financeiro) fala mais alto ou porque o nível técnico do Palmeiras de Abel é muito exigente, é literalmente possível montar um time com jogadores que partiram do Verdão recentemente, já na Era Leila (2020 para cá).

Claro que muitos atletas pedem para sair, encerram seu contrato sem querer renovar ou não agradam Abel e seu staff. Mas essa escalação (que ao mínimo estaria entre os 10 do Brasileirão) serve como alerta: o Palmeiras tem um elenco enxuto, curto e que pode se desgastar. Abrir mão de jogadores de rotação nessa situação pode e é um alívio nas contas do clube, mas a saída de tantos talentos chama atenção.


As vendas do Palmeiras nos últimos 3 anos

Viña – Piquerez é ótimo lateral, mas seu conterrâneo Vina é um ala completo. Ataca, defende, tem ótimo porte físico e acabou indo para a Roma após anos de sucesso no Palmeiras. Diogo Barbosa pode ser reserva, enquanto Jorge ainda poderia ser a terceira opção, mas o jogador está longe de convencer.

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Victor Hugo – o xerife partiu para Turquia e, para muitos, poderia ser uma dupla de zaga eficaz para Gustavo Goméz.

Felipe Melo – por mais que volante de origem, o Pitbull atuou como zagueiro em muitos momentos no Palmeiras. Saiu pela idade avançada, mas se destaca pela raça e liderança.

O jogador Felipe Melo (E), da SE Palmeiras, entrega camisa para o mais novo alteta do clube Matías Viña, na Academia de Futebol.

João Pedro – uma pequena trapaça: se transferiu meses antes de Leila assumir, mas certamente já com seu aval. Na época com 21 anos, o jovem rumou para Portugal.


Danilo – das saídas mais sentidas, o jovem era pilar do esquema de Abel. Vendido por 20 milhões de Euros, o volante ainda não viu um nome substituir sua função.

Moisés – querido por alguns, por outros nem tanto. Querendo ou não, somou 5 milhões de Euros ao cofre do Palmeiras ao rumar para a China.

Bruno Henrique – situação parecida com a de Moisés, apesar de mais apreciado pela torcida. Saiu em 2021 por 4 milhões para o futebol árabe.

Patrick de Paula – problemas com lesões e polêmicas extracampo não apagam o talento inegável do meia. Além de muita qualidade técnica, um porte físico invejável. Está no Botafogo, onde alterna altos e baixos.

Foto: Getty Images

Gustavo Scarpa – por tudo que fez e joga, dispensa comentários. É impossível imaginar um substituo que consiga aliar todas suas qualidades. Para piorar saiu de graça, por desejo do jogador, em fim de contrato.

Deyverson – pode estar longe de ser um primor técnico, mas poucos jogadores são tão queridos pela família palmeirense como “Deyvin”. Seu nível técnico, porém, o “obrigou” a seguir para o Cuiabá, onde teria mais chances.

Artur – poucos torcedores entenderam como o Palmeiras pôde deixar Arthur ir embora por apenas 6 milhões de Euros, ainda mais para um rival regional. Craque, habilidoso e jovem, agora o Palmeiras comprou de volta o ponta, mas por um valor bem superior ao de sua venda.

Gabriel Verón – o jogador, mesmo irregular, nunca deixou de mostrar seu talento. Vive altos e baixos no Porto, mas é figura carimbada no elenco principal.

Kuscevic – o chileno-croata vinha tendo poucas opções e acabou indo para o Coritiba, na esperança de seguir sendo o zagueiro titular da seleção chilena.

Palmeiras

Merentiel – poucos gols para muita expectativa. O atacante agora está emprestado ao Boca Jrs., onde balançou a rede duas vezes em 12 jogos.

Wesley – a cria do Palmeiras nunca mostrou regularidade. Teve bons lampejos, mas acabou se tornando um bom negócio sua ida para o Cruzeiro por mais de 10 milhões de Reais.

Jorge – o lateral esquerdo foi uma enorme decepção. Chegou cheio de grife da França e recebendo um alto salário. Sem oportunidades, foi emprestado para o Fluminense, onde já se lesionou por longo prazo em treinamento de pré-temporada.

Foto: Cesar Greco/Palmeiras

Palmeiras atual x “Refugos”

E se o Palmeiras de 2023 enfrentasse um selecionado dos atletas que saíram do clube no período Leila? Será que daria jogo?

Esse vem sendo o time utilizado por Abel, com Piquerez se alternando com Vanderlan em função das lesões. Rony está de fora pela escalação ser de uma partida onde ele ainda se recuperava da lesão no ombro e por isso e dá mais espaço para Artur, enquanto Richard Rios pode roubar uma vaga.

As saídas

Já de cara, duas trapaças: Artur está no elenco atual, mas como havia sido vendido, pode aparecer aqui também. E pela falta de nomes no gol, o escolhido foi Vinicius Silvestre, terceiro goleiro do atual elenco e maior vencedor de títulos da história do Palmeiras.

O time pode ser irregular e a zaga envelhecida, mas promete talento com nomes como Viña, Danilo e Scarpa. O meio é recheado de opções com Patrick de Paula, Bruno Henrique e Moisés. Deyverson pode até convencer pela estrela e pelo carisma, mas talvez João Pedro seja o ponto fraco.

O banco tem algumas peças até interessantes, mas nada comparado aos nomes de 2023, como Flaco Lopéz, Giovani e Fabinho.

Será que esse elenco de vendas do Palmeiras brigaria por vaga na Libertadores?

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