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Opinião | A lateral está resolvida, mas e o meio-campo do Palmeiras?

A saída de Mayke para o Santos pode até soar preocupante para quem observa o elenco do Palmeiras com lupa, mas, na prática, não altera tanto assim a estrutura da equipe. O time de Abel Ferreira já conta com alternativas para a lateral direita, seja improvisando peças do próprio elenco, seja priorizando um jogo mais centralizado. Há soluções dentro de casa, e não há urgência em ir ao mercado.

Agora, a situação muda — e muito — quando falamos da saída de Richard Ríos. O colombiano, que já estreou pelo Benfica, não era apenas mais um volante: era uma engrenagem dinâmica no meio-campo alviverde. Sua saída escancara uma lacuna importante no setor que, nos últimos anos, garantiu ao Palmeiras equilíbrio e intensidade. Hoje, o clube aposta em Lucas Evangelista, um bom jogador, técnico e com leitura de jogo, mas insuficiente como única referência para a função.

Foto: César Greco/Palmeiras
Foto: César Greco/Palmeiras

Por que apenas o Evangelista não é suficiente para Palmeiras?

Contar apenas com Evangelista, sem uma reposição à altura, é correr um risco desnecessário. O meio-campo do Palmeiras é o coração do time. É ali que se define o ritmo da partida, que se inicia a pressão, que se protege a defesa. Sem um “camisa 8” capaz de carregar essa responsabilidade, o sistema de Abel perde em profundidade e criatividade.

É compreensível que a diretoria esteja cautelosa com gastos, ainda mais em meio ao calendário apertado e à janela de transferências internacional. Mas, se há uma posição que merece atenção e investimento, é justamente o meio. Repor Mayke pode esperar. Repor Ríos, não.

Foto: Marcos Ribolli
Foto: Marcos Ribolli

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