Como o Palmeiras conseguiu dar a volta por cima e chegar a final da Libertadores

O Palmeiras fez história ao vencer a LDU pelo placar de 4 a 0 em partida válida pela semifinal da Copa Libertadores da América 2025. No jogo de ida, a equipe equatoriana havia aplicado um placar elástico de 3 a 0 que foi revertido com gols de Sosa, Fuchs e Raphael Veiga, levando a Arena Palestra Itália à loucura com a classificação.

O que muitos fãs do futebol não conseguiram explicar ainda é como o Palmeiras conseguiu reverter uma vantagem tão ampla para garantir vaga na final da Copa Libertadores da América contra o Flamengo. Entenda melhor como o Verdão conseguiu esse feito.

Apoio incondicional que fez toda a diferença

Um dos elementos que inegavelmente impactou positivamente no desempenho do Palmeiras contra a LDU foi a torcida. No total, quase 40 mil torcedores lotaram a Arena Palestra Itália para ver o time comandado por Abel Ferreira vencer a LDU pelo placar de 4 a 0. Por mais que os melhores palpites de futebol indicassem que o Palmeiras não era o favorito para a classificação, o Verdão superou esse desafio apresentando seu futebol com a torcida cantando do começo ao fim da partida.

Abel Ferreira já destacou que a torcida do Palmeiras tem papel fundamental na campanha do time. Em entrevistas coletivas após os jogos do Verdão, o treinador deixou claro que o apoio do torcedor é essencial para o desempenho do clube em campo e que, sem os torcedores, tudo fica mais difícil.

Raphael Veiga tem papel fundamental

É impossível falar da vitória por 4 a 0 e não mencionar o nome de Raphael Veiga. Após ser criticado pelo desempenho contra a LDU no jogo de ida, o meia deu a volta por cima e conseguiu marcar duas vezes no confronto de volta.

No confronto de ida, chamou a atenção o fato de Veiga ter deixado o gramado já no intervalo do confronto. Para Abel, Raphael tinha a difícil missão de marcar o camisa 33 da equipe da LDU, e não havia sido bem sucedido, por isso a substituição.

Veiga não gostou de ter sido substituído no jogo de ida contra a LDU e Abel admitiu que o craque ficou satisfeito durante a sua coletiva. A emoção foi tanta ao falar desse e de outros temas que o treinador chegou a cair no choro com confissões ao longo da sua entrevista para a imprensa.

Raphael deu entrevista após o jogo contra o Palmeiras e comentou que reforçou para si mesmo diversas vezes ao lado de seus companheiros que ia marcar o 4º gol do confronto, mostrando uma força mental essencial para conquistar esse objetivo.

O craque ainda destacou que sabe que faz um ano abaixo da média, mas destacou que não quer deixar que as suas dores limitem seu desempenho e impactem na temporada do Verdão. Esse comprometimento tem sido essencial para que Veiga faça a diferença em campo.

Allan dá a velocidade e ritmo necessários para a vitória

Ao contrário de Veiga, Allan ainda precisa caminhar muito até chegar ao patamar de Raphael. Porém, o camisa 40 já mostrou que tem qualidade e personalidade, sendo um dos craques que fizeram a diferença contra a LDU.

Considerado elemento surpresa na Libertadores, o craque do Palmeiras alcançou números importantíssimos ao longo do confronto. Foram 75% dos passes certos, acertando todos os cruzamentos e passe longo que deu no confronto.

No total, Allan ainda conseguiu um percentual de 77% para os dribles nos adversários e sofreu 4 faltas. Nos duelos, o camisa 40 venceu 67% das disputas e teve duas recuperações de bola ao longo do confronto.

Isso sem contar que Allan deu velocidade e ritmo a ofensividade palmeirense. Todos esses elementos, aliados a uma noite mágica de Veiga, foram essenciais para reverter o resultado negativo do Verdão no jogo de ida.

Mudanças com o dedo de Abel

Ter a personalidade de tirar Raphael Veiga e de dar a oportunidade para Allan em um jogo decisivo foram decisões estratégias e extremamente arriscadas por parte de Abel Ferreira. Além disso, o treinador palmeirense também adotou outras alterações que mostraram sua visão diferenciada da partida.

Abel colocou Ramón Sosa, um jogador que costuma ter mais agressividade em seus ataques, quando comparado com Felipe Anderson. A mudança surtiu efeito, já que o substituto conseguiu marcar o primeiro gol da partida.

Além disso, Khellven deu lugar a Allan e não é preciso reforçar o quanto o camisa 40 ajudou no desempenho palmeirense. Depois do intervalo, Ferreira mexeu no time com as entradas de Felipe Anderson e Maurício.

O jogo foi se desenhando em favor do Palmeiras e o treinador apenas observou sua equipe ser muito superior e fazer história em uma noite inesquecível para os torcedores palmeirenses de todo o Brasil.

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