Desde a saída de Danilo, que acabou assinando com o Nottingham Forest, da Inglaterra, o Palmeiras detectou que precisaria de um novo primeiro volante. Com o aval da comissão técnica de Abel Ferreira, o clube buscou alguns alvos, mas ainda sem sucesso.
É inegável que o primeiro da lista segue sendo Allan, titular absoluto do Atlético Mineiro. Por lá, é visto como titular absoluto e um dos principais do futebol brasileiro.
Recentemente, o atleta esteve próximo de um acerto com o Flamengo, mas a negociação acabou esfriando nos últimos dias. A alegação é por conta da alta pressão sofrida nos bastidores, que foi intensificada após a saída de Eduardo Coudet. Para a vaga do argentino, o escolhido foi Felipão, que estava na função de coordenador no Athletico Paranaense.
Luiz Felipe Scolari, inclusive, pode ajudar o Palmeiras. Caso o Verdão volte à carga por Allan, a última decisão teria o aval do comandante. Neste momento, o Flamengo, que estava otimista, agora admite cautela.
O Galo promete não facilitar a saída de Allan e pede 9 milhões de euros, cerca de 50 milhões de reais. A oferta do Fla é de 7 milhões de euros, mais bônus por títulos.
No Palmeiras, o volante do Galo chegaria para brigar por posição com Gabriel Menino e Richard Ríos, já que Zé Rafael pode atuar tanto de primeiro, como de segundo volante. Neste momento, Menino vem sendo seu parceiro ideal, enquanto que Ríos é o reserva imediato. Fabinho, cria das categorias de base, é outra opção por ali.
No Atlético Mineiro desde 2020, Allan soma, nesta temporada, oito participações e nenhum gol. Atualmente, ele se recupera de uma fratura na coluna e está entregue ao departamento médico. A sua última participação aconteceu contra o Millonarios, no dia 15 de março, pela fase de grupos da Copa Libertadores da América. Naquela ocasião, o Galo foi bem e venceu por 3 a 1. Allan deixou o confronto aos 13 minutos do primeiro tempo.
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O Palmeiras hoje é uma das maiores potências do futebol sul-americano e, dentro do Brasil, briga ano após ano com o Flamengo para assumir como time mais expressivo do país. Em questão de títulos, atualmente, já é o maior. Só que, diferente do rival, não recebe as mesmas cotas televisivas, fator esse que pesa contra o time de Abel. Assim, sempre que acontecem baixas no elenco, a diretoria pena para encontrar peças de reposição. Porém, a procura no último ano incomodou a torcida, por conta da falta de foco.
O problema do Palmeiras não está no setor ofensivo
Ao contrário do que muitos torcedores pensam, contar com muitos reforços ofensivos não é a melhor fórmula para o sucesso. Um exemplo claro disso foi Alexandre Mattos, que contratou quase 70 atletas em cinco anos como diretor executivo do clube e, de todos, menos de dez deram o retorno esperado. E o foco dele era meio-campistas e atacantes. No fim, Anderson Barros contratou 1/3 desses números e já levantou o dobro de troféus. A casa já estava arrumada? Sim. Mas houve uma gestão equilibrada.
Não se pode direcionar as atenções somente para um setor. Hoje, o Palmeiras não tem 2 reservas à altura para a zaga e nem laterais. Luan é bom, mas oscila muito. Já Naves é muito jovem, sem cancha para assumir uma titularidade. Aliás, os principais problemas estão nas laterais. A esquerda só conta com Piquerez e Vanderlan.
Caso ambos se machuquem ou caiam de rendimento, sobra ao Abel apostar em Ian Custódio, da base, sendo que Vanderlan subiu de lá não tem muito tempo. A direita é outro empecilho à parte. Marcos Rocha vem se lesionando bastante e a idade avançada pesa contra ele. Já Mayke é alvo de John Textor para o Botafogo, deixando o verdão apenas com Garcia, também do juniores, como opção.
Falta direcionamento a Leila Pereira e Anderson Barros
Mesmo com essas situações, que são mais preocupantes, o foco da diretoria parece outro. Nomes como os de Matías Rojas (meia), Rodrigo Zalazar (meia), Claudinho (meia/atacante), Vinícius Souza (meia), Allan (meia) e tantos outros que estão sendo cogitados no verdão não deviam ser a prioridade. Tudo bem, Danilo deixou um buraco no meio alviverde que precisa ser tampado, mas não é o principal problema do momento.
Já houve situações em que ficamos sem os dois zagueiros e os reservas não passaram tanta segurança. Ou, pior, quando Marcos Rocha voltou de lesão e se machucou de novo. Mayke entrou, sentiu, e Garcia o substituiu. Já pensou se fosse uma partida eliminatória? O peso que esse garoto carregaria nas costas?
O ideal seria trabalhar melhor a defesa antes de qualquer outro setor. E deixar claro o plano para a temporada: vão contratar reforços ou apostar na base? Se for a segunda opção, seria bom deixar claro para o Abel e companhia, que precisam programar o restante da temporada e saber como usar o plantel no decorrer do ano. Se a ideia for reforçar, que seja rápido, porque o ano já está na metade, com os principais campeonatos se afunilando e, como consequência, mais competitivos. Já não é mais tempo de testar, mas sim ser assertivo.
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