Além de atletas pontuais no mercado de transferências, o Palmeiras olha com carinho para as categorias de base e Vanderlan, um dos destaques do elenco, chama a atenção.
De acordo com informações do jornalista Jorge Nicola, o lateral-esquerdo recebeu sondagens de equipes do futebol europeu, mas o Palestra faz jogo duro para avançar em qualquer acerto, já que ele está nos planos do técnico Abel Ferreira.
Para o confronto diante do Bahia, nesta quarta-feira (21), pelo Campeonato Brasileiro, Vanderlan deve marcar presença entre os onze iniciais, já que Joaquín Piquerez segue defendendo a seleção uruguaia.
Em entrevista coletiva, o jovem foi questionado sobre a atividade dos últimos dias e salientou que o Verdão vai em busca dos três pontos.
“Foram dias muito bons, primeiramente para a mente, pois conseguimos descansar e sair um pouco da rotina, que é muito corrida. E, em segundo lugar, com os treinos, deu para melhorar alguns aspectos que não é possível fazer com a quantidade de jogos. Então, foi muito importante, principalmente para mim, pude trabalhar as partes defensiva e ofensiva, e para o grupo todo, pois voltaremos todos descansados e com as energias renovadas. Deu para ajustar muitos detalhes dentro e fora de campo”, iniciou.
“Sabemos a qualidade do adversário, será um jogo muito difícil dentro da casa deles, mas vamos fazer o que sempre fazemos e, independentemente de quem jogar, vamos em busca de mais três pontos”, completou.
Por fim, Vanderlan assegurou que está preparado, caso Abel Ferreira opte por ele como titular diante do Esquadrão de Aço.
“O elenco todo ajuda muito, principalmente nós, garotos da base. Os mais experientes passam muita coisa para a gente, é muito bom compartilhar o dia a dia com eles. Quando a oportunidade aparece, a gente trabalha duro todos os dias para isso. Então, me sinto muito pronto e ainda mais com a ajuda de grandes jogadores, que falam e conversam bastante com a gente. A comissão técnica também ajuda muito e, assim, fica mais fácil”, finalizou Vanderlan.
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O Palmeiras hoje é uma das maiores potências do futebol sul-americano e, dentro do Brasil, briga ano após ano com o Flamengo para assumir como time mais expressivo do país. Em questão de títulos, atualmente, já é o maior. Só que, diferente do rival, não recebe as mesmas cotas televisivas, fator esse que pesa contra o time de Abel. Assim, sempre que acontecem baixas no elenco, a diretoria pena para encontrar peças de reposição. Porém, a procura no último ano incomodou a torcida, por conta da falta de foco.
O problema do Palmeiras não está no setor ofensivo
Ao contrário do que muitos torcedores pensam, contar com muitos reforços ofensivos não é a melhor fórmula para o sucesso. Um exemplo claro disso foi Alexandre Mattos, que contratou quase 70 atletas em cinco anos como diretor executivo do clube e, de todos, menos de dez deram o retorno esperado. E o foco dele era meio-campistas e atacantes. No fim, Anderson Barros contratou 1/3 desses números e já levantou o dobro de troféus. A casa já estava arrumada? Sim. Mas houve uma gestão equilibrada.
Não se pode direcionar as atenções somente para um setor. Hoje, o Palmeiras não tem 2 reservas à altura para a zaga e nem laterais. Luan é bom, mas oscila muito. Já Naves é muito jovem, sem cancha para assumir uma titularidade. Aliás, os principais problemas estão nas laterais. A esquerda só conta com Piquerez e Vanderlan.
Caso ambos se machuquem ou caiam de rendimento, sobra ao Abel apostar em Ian Custódio, da base, sendo que Vanderlan subiu de lá não tem muito tempo. A direita é outro empecilho à parte. Marcos Rocha vem se lesionando bastante e a idade avançada pesa contra ele. Já Mayke é alvo de John Textor para o Botafogo, deixando o verdão apenas com Garcia, também do juniores, como opção.
Falta direcionamento a Leila Pereira e Anderson Barros
Mesmo com essas situações, que são mais preocupantes, o foco da diretoria parece outro. Nomes como os de Matías Rojas (meia), Rodrigo Zalazar (meia), Claudinho (meia/atacante), Vinícius Souza (meia), Allan (meia) e tantos outros que estão sendo cogitados no verdão não deviam ser a prioridade. Tudo bem, Danilo deixou um buraco no meio alviverde que precisa ser tampado, mas não é o principal problema do momento.
Já houve situações em que ficamos sem os dois zagueiros e os reservas não passaram tanta segurança. Ou, pior, quando Marcos Rocha voltou de lesão e se machucou de novo. Mayke entrou, sentiu, e Garcia o substituiu. Já pensou se fosse uma partida eliminatória? O peso que esse garoto carregaria nas costas?
O ideal seria trabalhar melhor a defesa antes de qualquer outro setor. E deixar claro o plano para a temporada: vão contratar reforços ou apostar na base? Se for a segunda opção, seria bom deixar claro para o Abel e companhia, que precisam programar o restante da temporada e saber como usar o plantel no decorrer do ano. Se a ideia for reforçar, que seja rápido, porque o ano já está na metade, com os principais campeonatos se afunilando e, como consequência, mais competitivos. Já não é mais tempo de testar, mas sim ser assertivo.
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