Nosso Palmeiras

Palmeiras sobe o tom e responde nota ‘agressiva’ da CBF contra João Martins

João Martins
João Martins. Foto: Cesar Greco/Palmeiras

Pensando na maratona de jogos, o Palmeiras realizou muitas mudanças diante do Athletico Paranaense, no último domingo (03), pelo Campeonato Brasileiro. Com gol marcados por Endrick e Gabriel Menino, o Verdão chegou a abrir dois gols de vantagem, mas viu o rival igualar o confronto em 2 a 2.

Logo no início do primeiro tempo, chamou a atenção uma falta de Zé Ivaldo em Endrick, dentro da área, que acabou sendo assinalado pênalti. No entanto, o defensor athleticano recebeu apenas cartão amarelo, não vermelho.

Na etapa final, Gustavo Garcia que já tinha amarelo por retardar a partida, colocou a mão na bola dentro da área, levou a segunda advertência e acabou sendo expulso, gerando grande indignação de João Martins, auxiliar-técnico de Abel Ferreira.

Em entrevista coletiva, João subiu o tom e detonou a organização do Campeonato Brasileiro. Na manhã desta segunda-feira (03), a CBF emitiu uma nota criticando o palmeirense, que será denunciado pelo STJD.

O Palmeiras, ciente de toda a situação, saiu em defesa de João Martins e fez oito questionamentos à Confederação Brasileira de Futebol.

Veja abaixo a nota oficial:

Diante da agressiva nota oficial divulgada nesta segunda-feira (3) pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a Sociedade Esportiva Palmeiras propõe alguns questionamentos, sempre no sentido de defender os direitos do clube e contribuir com a melhora do produto futebol:

– Por que o comunicado da CBF é endereçado exclusivamente ao Palmeiras, sendo que profissionais de outra equipe da Série A fizeram, também ontem, comentários semelhantes aos do auxiliar técnico João Martins?

– Por que a opinião de um profissional português sobre o futebol brasileiro causou tanto desconforto à CBF se a própria entidade, como é de conhecimento público, busca um treinador estrangeiro para comandar a Seleção Brasileira?

– Qual teria sido a conduta “xenofóbica” de João Martins? Elogiar a qualidade dos jogadores brasileiros?

– Se a gestão da Comissão de Arbitragem investe tanto assim em tecnologia, por que o nosso VAR é incapaz de apontar objetivamente se uma bola ultrapassou ou não a linha de gol, como aconteceu no recente duelo entre Palmeiras e Bahia, pelo Brasileiro?

– Por que o atleta Zé Ivaldo, do Athletico-PR, não foi expulso ontem, após acertar uma cotovelada na nuca do atacante Endrick, em lance revisado pelo VAR?

– Por que no jogo entre Palmeiras e São Paulo, pela Copa do Brasil de 2022, o VAR não traçou a linha de impedimento no lance que originou o gol do nosso adversário e que nos custou a eliminação? Por que a imagem da revisão desta jogada sumiu?

– Por que a Comissão de Arbitragem da CBF, presidida por Wilson Seneme, nunca pediu desculpas ao Palmeiras pelo erro grave cometido pelo VAR na Copa do Brasil do ano passado?

– Por que o Palmeiras, na rodada seguinte após a mais recente Data Fifa, não pôde contar com nenhum de seus três atletas convocados para a Seleção Brasileira?

A Sociedade Esportiva Palmeiras, ao longo dos anos, sempre se preocupou em construir uma relação de saudável parceria com a Confederação Brasileira de Futebol. Há cerca de três semanas, a presidente Leila Pereira esteve na sede da entidade, no Rio de Janeiro (RJ), para conversar com Wilson Seneme, de quem ouviu a promessa de melhorias imediatas na arbitragem.

Na semana seguinte, o vice-presidente da Comissão de Arbitragem, Emerson Carvalho, e o gerente técnico do VAR, Periclés Bassols, chegaram a realizar uma palestra para os profissionais do clube na Academia de Futebol, também com a presença da presidente Leila Pereira.

Contudo, diante da nota oficial divulgada pela CBF e dos reiterados erros graves cometidos contra o Palmeiras, entendemos ser este o momento oportuno de demonstrar, em público, a nossa indignação. Não queremos ser beneficiados, mas exigimos que as regras sejam aplicadas com isonomia.

Confiamos na independência do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), evocado pela CBF, e temos convicção de que o órgão dará ao auxiliar João Martins o tratamento equilibrado que lhe compete.

Veja também