Nosso Palmeiras

Gabriel Menino revela como o ‘paizão’ Abel Ferreira fez recuperar seu bom futebol: “Deslumbrei um pouco”

Foto: Cesar Greco/Palmeiras

Gabriel Menino foi o herói da vitória do Palmeiras sobre o Internacional, no domingo, ao fazer o gol que definiu o 2 a 1, já nos minutos finais no Allianz Parque. Além da importância de manter o Verdão com folga na liderança do Brasileiro, o lance trouxe um sentimento especial para o meio-campista, que vive um processo de retomada no clube.

Fazia tempo que não sentia a emoção de decidir uma partida. Fiquei feliz, emocionado e grato por tudo que tem acontecido na minha vida – resumiu, ao ge.

Foto: Cesar Greco/Palmeiras

Aos 21 anos de idade, Gabriel Menino está em sua terceira temporada como jogador profissional e pode dizer que já viveu os mais diferentes sentimentos neste período.

Promovido como um dos grandes nomes do sub-20 do Verdão em 2020, ele imediatamente tornou-se peça importante no elenco que conquistou a tríplice coroa (Paulista, Libertadores e Copa do Brasil), foi convocado por Tite para a seleção brasileira e fez parte do grupo que conquistou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos em Tóquio. Com uma ascensão tão rápida, o próprio meio-campista admite: acabou se deslumbrando. E foi a convivência com Abel Ferreira que o fez entender a necessidade de mudar a postura para voltar a jogar.

O Abel sempre usou uma frase com a gente: nunca se esqueça de onde vieram. Eu deslumbrei um pouco, sabe? Aos 21 anos, viver tudo que estou vivendo desde o começo foi um baque na minha vida. Tive de colocar a cabeça em ordem. Eu tenho sonhos, missões que preciso cumprir e sonhos a serem realizados – explicou.

Coloquei a cabeça no lugar, estou trabalhando muito mais para conquistar a confiança dos meus companheiros, principalmente do Abel e da comissão. Estou trabalhando em dobro para retomar tudo que eu vivi e agora quero o dobro, o triplo, quero viver muito mais. Achei meu caminho e sei o que tem que ser feito – acrescentou.

Menino conta que o estalo para a mudança veio a partir do momento em que o Palmeiras jogava bem e ele nem entrava nos jogos. O jogador ficou fora, inclusive, da lista de inscritos do Mundial de Clubes.

Deu o alerta na minha cabeça quando o time começou a engrenar e eu não entrava. Era só mais um ali, compondo o elenco. Eu não queria isso, tenho sonhos grandes para realizar. Preciso dar um alerta, sabe? E comecei a ver que o time não precisava de mim, nem nos treinos estava me dando bem comigo mesmo. Ali comecei a me juntar mais com o Abel.

A aproximação com Abel

Os pais e o empresário de Gabriel Menino deram muito apoio ao jogador no seu momento de baixa no Palmeiras. E eles, então, aconselharam o camisa 25: tentar uma aproximação com o português, já que o volante chegou a considerar que não fazia parte dos planos. Uma negociação, inclusive, era cogitada na época.

Minha família e meu empresário foram os alicerces na minha vida. Falaram para eu ter calma, para falar com o treinador, que talvez ele não fosse tão fechado como eu pensava. E realmente, quando você conhece o Abel e está todo dia com ele, vê que é um ser humano espetacular – contou.

Ele é muito inteligente, admiro isso nele, e comecei a me aproximar como um amigo que precisa de conselhos, de carinho e confiança. Encostei nele e ele me deu liberdade de falar da minha vida.

Hoje, ele considera que Abel um ‘paizão‘. O treinador, inclusive, afirmou no domingo que não pediu reforços para o meio-campo após a lesão de Jailson por confiar em Gabriel Menino.

Todo dia ele pergunta como eu estou, dá alguma dica, fala a história dele e do que passou no futebol. Ele sabe como é ser jogador. Ele, toda a comissão e o Palmeiras ajudaram muito na minha retomada, em não me deixar desanimar, não deixar eu ficar triste com a situação que estou vivendo. Qualquer jogador tem fase boa e ruim, mas os bons de verdade conseguem sair desta situação. Quero agradecer principalmente ao Abel e toda a comissão por terem confiado no meu trabalho.

*Com informações no GE

Veja também