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Crise nos bastidores do Palmeiras? “Leila x Patrocinadores” vem á tona

Diretoria do Palmeiras
Diretoria do Palmeiras. Foto: Cesar Greco/Palmeiras

Embora o alviverde e a empresa tenham uma parceria vencedora, o torcedor precisa separar o Palmeiras e Crefisa. A razão é simples: Leila Pereira está recebendo muito mais crédito do que é válido ou justo. Acima de tudo, Leila cria crise interna com patrocinadores ao palmeirense, e principalmente ela mesma, assumirem essa postura.

Isso porque, desde 2015, são 11 títulos conquistados com o mesmo patrocinador master estampado na camisa. Porém, Leila não teve intervenção direta na gestão de Paulo Nobre, que foi de 2013 a 2016, sendo uma das principais responsáveis pelo sucesso atual do clube. Tanto é que, para os que têm boa memória, o ex-presidente saiu brigado com a patrocinadora e pelo espaço que ela estava tomando dentro do verdão.

(Paulo Nobre e Maurício Galiotte fazendo a passagem da presidência. Reprodução: Internet)

Dessa forma, Maurício Galiotte assumiu o cargo no fim de 2016. Acontece que ele era vice de Nobre e a aproximação com a atual presidente e com as organizadas do Palmeiras abalou a relação dos dois. Ainda assim, a gestão de Galiotte foi vencedora, desde duas libertadores a um Brasileiro, Paulista e Copa do Brasil.

Porém, em 2017, Leila se tornou conselheira do clube, com mais votos na história. Dessa forma, ganhou mais espaço e voz no clube, além de aumentar o aporte financeiro. Mas, já era discutido na época o perigo de se dar tanto poder a uma única pessoa. Os bastidores eram claros de que ela se lançaria presidente do Palmeiras ao fim do mandato de Galiotte.

E, no fim, foi o que aconteceu. A então conselheira se tornou presidenta do Palmeiras no fim de 2021. Em suma, sua gestão levantou seis taças, sendo quatro no masculino e duas no feminino.

Mudanças no Palmeiras com Leila Pereira como presidente

Leila tem mandato no clube que é válido até 2024, e seus principais destaques foram as mudanças em questões de infraestrutura, base e futebol feminino. Assim, o Palmeiras venceu a Copa São Paulo de Futebol Júnior na base masculina e a Libertadores e Paulista pelo feminino. Mas se a gestão é boa até agora, qual é o perigo?

(Maurício Galiotte e Leila Pereira juntos anunciando a renovação do patrocínio. Reprodução: Internet)

Então, você deve estar pensando: por que temer a Leila? Isso é simples de se responder: anseio de poder. Desde que se tornou presidenta, foi construída uma imagem de mecenas para ela. Os torcedores passaram a entender que o Palmeiras não sobrevive sem o patrocínio da Crefisa e endeusar tanto ela quanto José Lamacchia, seu marido e também dono da patrocinadora.

Todavia, essas questões não ficam tão aparentes. Já parou para pensar quantos patrocínios o Palmeiras fechou e, ainda assim, apenas o nome da Crefisa é estampado na camisa. Aliás, da Crefisa e da FAM, faculdade que Leila também gerencia e tomou um espaço enorme dentro do clube.

Quantos vídeos você já viu nas redes sociais do verdão que terminavam com alguma propaganda para a FAM? Contudo, o clube conta com grandes nomes além do banco e centro universitário, como a Pernambucanas, Canon, Cimed, Brahma, Gatorade, Betfair, Elo e muitos outros.

Deste modo, chegamos ao ponto principal: até que ponto a Leila é a cara do Palmeiras e o Palmeiras a cara da Leila? As dívidas com a Crefisa só crescem, mesmo que o time feche o ano com superávit financeiro.

Em resumo, é preciso tomar muito cuidado para que, futuramente, a imagem do verdão esteja tão ligada a ela que possamos passar por mais bocados, caso a parceria se encerre. Ninguém é maior que a instituição Sociedade Esportiva Palmeiras!

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