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Opinião: sempre fui contra Dudu na Seleção Brasileira!

Dudu
Foto: Cesar Greco/Palmeiras

Mal havia começado a se transmitir futebol europeu na TV aberta e meu primo resolveu comemorar seu aniversário de 16 anos com um churrasco para ver a final da Champions. Jogava Real ou Barça (que novidade…) e o moleque resolveu perguntar para meu pai: “E na Espanha, tio, torce pra qual time?”. Seu Carlos até apoiou o espeto de linguiça na churrasqueira e respondeu na lata: “Na Espanha, yo soy Palmeiras”.

Ali aprendi com meu pai que o Palmeiras sempre virá muito acima de qualquer outra instituição do futebol. Seja jogador, clube ou mesmo seleção. E por isso me orgulho a dizer que sempre fui contra Dudu na Seleção. Calma.

Dudu é genial. O baixinho corre, dribla, cria, finaliza com precisão e tem muita liderança e leitura tática. Ídolo merecido do Verdão, Dudu não deve em nada, futebol ou currículo, para muitos dos convocados. Na verdsde, pelo contrário: é muito difícil imaginar que Dudu não faria um ciclo e Copa muito superior às de Everton Ribeiro, Pedro, Rapinha entre outros. Martinelli e Rodrygo pelo menos pode são apostas pro futuro…

Mas que bom que ele não foi, nem pra Copa e nem pro ciclo dos últimos anos. Na Seleção, viveria imensa pressão da mídia, o perseguindo por jogar no Brasil e, “pior”, no Palmeiras. Seria um possível substituto de Neymar e Vinicius Junior, jogadores do mais alto nível, e as comparações só atrapalhariam. Sem falar das vezes que o perderiamos por desfalque, o desgaste das viagens ou o risco de lesões.

A situação é muito diferente com Gustavo Gómez: o xerife se sente confortável na Seleção Paraguaia e costuma voltar ao Verdão incentivado pelo apoio dos conterrâneos. Isso não aconteceria com Dudu, desmerecido por “jornalistas” que nunca o viram jogar (ou preferem não ver). E Weverton, como terceiro goleiro, não sofre tanta pressão, além de estar indiscutivelmente no pódio de arqueiros brasileiros.

Enfim: que bom que a Seleção não quis Dudu. Como deu pra ver, azar o deles. Toda a criatividade, técnica e talento que faltou em alguns momentos vem sobrando nos gramados do Allianz.

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