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Abel está certo: 7 treinadores que a imprensa demitiu

Abel está certo: 7 treinadores que a imprensa demitiu
Abel está certo: 7 treinadores que a imprensa demitiu

Abel polemizou recentemente ao criticar a imprensa sobre a demissão de Fernando Lázaro do Corinthians. Em suma, ele disse que, em nenhum momento, a mídia se importou em questionar se Lázaro tinha tempo para recuperar seus atletas e treinar de forma adequada. Assim, os culpou, dizendo que eles colocam pressão na diretoria, que não tem colhões para manter o técnico e, dessa forma, acaba o demitindo. Em suma, elencaremos aqui sete treinadores do Palmeiras demitidos por falas externas que pesaram na decisão dos diretores.

Mas o que o Abel quer dizer quando fala sobre a imprensa demitir técnicos?

Desde que o Abel Ferreira chegou ao Palmeiras, ele é unanimidade. Mesmo que enfrente uma derrota, a torcida não compra os discursos externos e segue o apoiando. Porém, nem sempre foi assim. Até mesmo os ídolos que já comandaram o verdão tiveram demissões por pressão da imprensa. A fórmula é simples: uma má fase do treinador, somada ao aumento de críticas da imprensa, gera a indignação da torcida, que compra esse grito. Deste modo, o técnico não recebe o respaldo da diretoria e acaba sendo demitido.

Abel em entrevista coletiva pelo Palmeiras (Reprodução: Internet)
Abel em entrevista coletiva pelo Palmeiras (Reprodução: Internet)

E quais deles foram demitidos do Palmeiras por pressão?

Apesar de contarmos com Abel há quase 3 anos, nem sempre as coisas foram assim. Desde 2015 tivemos diversos técnicos e interinos. O primeiro dele foi Marcelo Oliveira, campeão da Copa do Brasil daquele ano com o verdão. Porém, com um 2016 que prometia ser bastante promissor, viu seu cargo ser tomado após uma derrota por 2 a 1 para o Nacional. Daí entrou Cuca, que na sua primeira passagem foi muito bem e, de certa forma, pediu demissão para cuidar de assuntos pessoais e da família.

Logo, Eduardo Baptista entrou e, com apenas 23 jogos foi ceifado do comando alviverde, depois de perder a primeira partida da Libertadores para o Jorge Wilstermann por 3 a 2. Então, Cuca voltou ao cargo e, mesmo com um 2017 com números razoáveis, não conseguiu aguentar a pressão. Em comum acordo com Maurício Galiotte, pediu demissão. Já em 2018 o Palmeiras decidiu apostar no promissor Roger Machado. Com um trabalho culminou na Libertadores de 2017 conquistada pelo Grêmio, Galiotte decidiu apostar.

Porém, a aposta não durou muito. Por mais que tivesse ideias inovadoras, a pressão da mídia acabou culminando na sua demissão, após derrota para o Fluminense por 1 a 0. Então, tivemos um dos maiores injustiçados da história. Felipão reassumiu o clube em 2018 e ganhou o deca Brasileiro. Mas, a eliminação para o Grêmio na Libertadores de 2019 e derrota, em seguida, por 3 a 0 para o Flamengo o derrubaram do cargo. Pior de tudo foi contar com Mano Menezes, que durou apenas 20 jogos e caiu, da mesma forma.

Abraço comovente de Abel Ferreira e Felipão durante um Palmeiras e Athletico (Foto: Cesar Greco / Palmeiras)
Abraço comovente de Abel Ferreira e Felipão durante um Palmeiras e Athletico (Foto: Cesar Greco / Palmeiras)

Por fim, assumindo um Palmeiras em terra arrasada, Vanderlei Luxemburgo chegou e já venceu o Paulistão, trazendo nomes como Patrick de Paula, Danilo, Gabriel Menino e outros aos holofotes. Contudo, novamente pressionado pela mídia, que o chamava de ultrapassado, caiu em uma derrota para o Coritiba. Dessa maneira, fomos até a Grécia buscar um jovem desconhecido que treinava o PAOK, desembarcou no Brasil. A relação da torcida com o português Abel Ferreira nasceu daí.

Abel comandando o PAOK durante partida (Reprodução: Internet)
Abel comandando o PAOK durante partida (Reprodução: Internet)

A imprensa tem força dentro do Palmeiras?

A relação da imprensa com o Palmeiras nunca foi das melhores. Mas, com a vinda de Abel, parece que limites foram colocados, no sentido de influência tanto nos jogadores como na torcida. O português conseguiu uma união com a torcida tão grande que, independente do que falem ou aconteça, ela segue fechada com o treinador. A presença de Abel no clube é contagiante, já que até mesmo os funcionários do verdão entendem sua importância que como ele tornou o ambiente mais profissional.

Abel chutando microfone durante partida da SuperCopa do Brasil (Reprodução/Globo)
Abel chutando microfone durante partida da SuperCopa do Brasil (Reprodução/Globo)

No entanto, o único motivo da mídia ainda não ter caçado Abel foi que ele é um vencedor nato. Seus títulos o credenciam e protegem de críticas. Mas, isso não a impediu de criticar o comportamento dele, o chamando de “explosivo” e “grosseiro” a maioria das vezes. Daí, surge a questão: caso ele não levante outros canecos esse ano, algum veículo alimentaria a ideia de derrubar ele do cargo alegando que suas estratégias estão manjadas? Em resumo, o palmeirense tem de acreditar em trabalho, não opinião alheia, e continuar fechado com o Abel.

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