Wilson Seneme é o responsável pela arbitragem na CBF. Ele comanda os árbitros, o VAR e todos os assuntos relacionados ao comando das partidas. Depois de assumir falha em Palmeiras x São Paulo e confirmar que foi erro grave, Seneme conversou com o UOL e diz que a entidade está “protegendo os árbitros” de uma guerra declarada dos clubes.
Em entrevista ao UOL Esporte, Seneme saiu em defesa dos árbitros e deu clara mensagem ao Palmeiras sobre pressão exercida após erros absurdos.
“O ambiente não pode estar contaminado. Porque existe uma estratégia clara de muitos clubes de fazer guerra fora do campo. E não é só uma guerra com a arbitragem. É guerra com tudo. Investimento, força, poder. Os árbitros têm que se afastar disso, reconhecer o que tem que melhorar para colocar em campo o melhor trabalho possível”, disse.
Os árbitros estão fazendo uma intertemporada, de acordo com Seneme. “O sentido da intertemporada é avaliar o primeiro semestre. Dentro dessa avaliação estão as reuniões que fizemos com clubes e federações. É transformar isso em instrução para os árbitros no segundo semestre. É o momento que terminou o primeiro turno e começou o segundo. Queremos fazer ajustes necessários na instrução”, adicionou.
O Palmeiras deixou a Copa do Brasil por conta de erro crasso do VAR, que não traçou as linhas no lance em que Calleri recebeu marcação de Gustavo Gómez e a penalidade foi confirmada. Aliás nem o próprio pênalti foi correto, já que Gómez não exerceu nenhuma força para derrubar o rival. Foram dois erros cruciais em um lance só que culminaram em eliminação precoce da competição nacional.
Leila Pereira foi até a sede da CBF e ouviu que de fato foi uma falha absurda. O Palmeiras, além de perder a vaga nas quartas, perdeu uma boa receita advinda de premiação.
A atitude da empresária colocou a CBF na parede. Seneme, que explicou o que ocorreu, obviamente não gostou e se sentiu acuado com a visita palmeirense. Para responder, disse que a culpa é diretamente dos clubes, que querem “fazer guerra” com os árbitros e colocá-los em posição desprestigiada.
Não, Seneme. Pelo menos o Palmeiras não quer isso. Apenas quer justiça e que o senso de igualdade seja respeitado. Nenhum clube pode ser favorecido pela arbitragem. Os erros devem ser analisados e atitudes devem ser tomadas. O que não pode é uma falha absurda dessas destruir o planejamento de anos de trabalho. Futebol é no campo e é assim que tem que ser.
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