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Bahia x Palmeiras
Bahia x Palmeiras. Foto: Reprodução/Globo

“A bola não…”: áudio do VAR ‘revela’ polêmica da TV e Palmeiras se revolta

Na segunda colocação do Campeonato Brasileiro, com 22 pontos, o Palmeiras até teve boas oportunidades, mas não conseguiu vencer o Bahia fora de casa, pelo Campeonato Brasileiro. O gol salvador foi anotado por Thaciano, já no fim da etapa final.

Ainda no primeiro tempo, Artur, um dos principais destaques do Verdão, arrancou pela ponta e resolveu finalizar para o gol. O goleiro do Bahia, Marcos Felipe, falhou e a bola, para muitos, ultrapassou completamente a linha.

A partida ficou paralisada por alguns instantes até a conclusão do VAR, que foi detalhada nesta quinta-feira (22), em áudio divulgado pela CBF. Naquela ocasião, os profissionais optaram por manter a decisão do árbitro de campo, Wilton Pereira Sampaio, que não confirmou o tento.

O assistente do VAR inicia: “possível gol, não gol” e o VAR responde em seguida: “checando possível gol”. Pouco tempo depois, o assistente opina: “não sei se entra, tá?! Não sei se entra tudo”, enquanto que o assistente 2 também fala: “qualquer coisa para na zona neutra”.

Ao analisar as imagens, o VAR encaminha sua decisão: “ela não ultrapassa completamente pela gol line”. O A AVAR completa: “joga a micro (câmera), joga a micro”. “Cinco, pega a diagonal (…) mostra que a bola não entrou completamente, seguimos com a decisão de campo”, diz o VAR.

O assistente 2 segue o mesmo caminho: “Essa imagem não é conclusiva, tá?”. Por fim, o VAR bate o martelo: “Segue decisão do campo, a bola não, ok? As imagens mostram que a bola não entra completamente, tem uma parte dela sobre a linha ainda”.

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O Palmeiras hoje é uma das maiores potências do futebol sul-americano e, dentro do Brasil, briga ano após ano com o Flamengo para assumir como time mais expressivo do país. Em questão de títulos, atualmente, já é o maior. Só que, diferente do rival, não recebe as mesmas cotas televisivas, fator esse que pesa contra o time de Abel. Assim, sempre que acontecem baixas no elenco, a diretoria pena para encontrar peças de reposição. Porém, a procura no último ano incomodou a torcida, por conta da falta de foco.

O problema do Palmeiras não está no setor ofensivo

Ao contrário do que muitos torcedores pensam, contar com muitos reforços ofensivos não é a melhor fórmula para o sucesso. Um exemplo claro disso foi Alexandre Mattos, que contratou quase 70 atletas em cinco anos como diretor executivo do clube e, de todos, menos de dez deram o retorno esperado. E o foco dele era meio-campistas e atacantes. No fim, Anderson Barros contratou 1/3 desses números e já levantou o dobro de troféus. A casa já estava arrumada? Sim. Mas houve uma gestão equilibrada.

Não se pode direcionar as atenções somente para um setor. Hoje, o Palmeiras não tem 2 reservas à altura para a zaga e nem laterais. Luan é bom, mas oscila muito. Já Naves é muito jovem, sem cancha para assumir uma titularidade. Aliás, os principais problemas estão nas laterais. A esquerda só conta com Piquerez Vanderlan.

Caso ambos se machuquem ou caiam de rendimento, sobra ao Abel apostar em Ian Custódio, da base, sendo que Vanderlan subiu de lá não tem muito tempo. A direita é outro empecilho à parte. Marcos Rocha vem se lesionando bastante e a idade avançada pesa contra ele. Já Mayke é alvo de John Textor para o Botafogo, deixando o verdão apenas com Garcia, também do juniores, como opção.

Falta direcionamento a Leila Pereira e Anderson Barros

Mesmo com essas situações, que são mais preocupantes, o foco da diretoria parece outro. Nomes como os de Matías Rojas (meia), Rodrigo Zalazar (meia), Claudinho (meia/atacante), Vinícius Souza (meia), Allan (meia) e tantos outros que estão sendo cogitados no verdão não deviam ser a prioridade. Tudo bem, Danilo deixou um buraco no meio alviverde que precisa ser tampado, mas não é o principal problema do momento.

Já houve situações em que ficamos sem os dois zagueiros e os reservas não passaram tanta segurança. Ou, pior, quando Marcos Rocha voltou de lesão e se machucou de novo. Mayke entrou, sentiu, e Garcia o substituiu. Já pensou se fosse uma partida eliminatória? O peso que esse garoto carregaria nas costas?

O ideal seria trabalhar melhor a defesa antes de qualquer outro setor. E deixar claro o plano para a temporada: vão contratar reforços ou apostar na base? Se for a segunda opção, seria bom deixar claro para o Abel e companhia, que precisam programar o restante da temporada e saber como usar o plantel no decorrer do ano. Se a ideia for reforçar, que seja rápido, porque o ano já está na metade, com os principais campeonatos se afunilando e, como consequência, mais competitivos. Já não é mais tempo de testar, mas sim ser assertivo.

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