Com um plantel competitivo, o Palmeiras, somente nesta temporada, já levou para casa os títulos da Supercopa do Brasil, contra o Flamengo, e Campeonato Paulista, diante do Água Santa.
Na última rodada do Campeonato Brasileiro, o Palestra foi até Salvador e acabou sendo derrotado por 1 a 0 diante do Bahia. O meia-atacante Thaciano, no fim do segundo tempo, foi o grande destaque do confronto.
Um dos maiores comunicadores do Brasil, Galvão Bueno concedeu entrevista para a Jovem Pan e frisou que o Verdão brigará na parte de cima do torneio nacional.
“O Brasil tem 12 times em condições de ser campeão. Neste momento, primeiro tem que ressaltar o Botafogo. Faz muito bem pra quem gosta de futebol um retorno do Botafogo, a grandeza que o clube sempre teve. Agora, não sei se vai ter pelo elenco até o fim do Brasileirão, reposição de jogadores, de seguir na liderança. Dinheiro dos árabes querendo levar o técnico embora. É muito legal ver a campanha do Botafogo”, iniciou.
“Fluminense, o futebol do Diniz é encantador, mas tenho a sensação que falta peças de reposição. Recentemente, ele perdeu todo seu lado esquerdo. Então, passa por dificuldades. Vamos ver o que o Atlético vai fazer agora com Felipão, é um time forte. Eu acho que Palmeiras e Flamengo ainda estão um pouco acima. Eles possuem elenco. O Atlético-MG também. Dificilmente o título do Brasileirão escapa de um deles” , completou Galvão.
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O Palmeiras hoje é uma das maiores potências do futebol sul-americano e, dentro do Brasil, briga ano após ano com o Flamengo para assumir como time mais expressivo do país. Em questão de títulos, atualmente, já é o maior. Só que, diferente do rival, não recebe as mesmas cotas televisivas, fator esse que pesa contra o time de Abel. Assim, sempre que acontecem baixas no elenco, a diretoria pena para encontrar peças de reposição. Porém, a procura no último ano incomodou a torcida, por conta da falta de foco.
O problema do Palmeiras não está no setor ofensivo
Ao contrário do que muitos torcedores pensam, contar com muitos reforços ofensivos não é a melhor fórmula para o sucesso. Um exemplo claro disso foi Alexandre Mattos, que contratou quase 70 atletas em cinco anos como diretor executivo do clube e, de todos, menos de dez deram o retorno esperado. E o foco dele era meio-campistas e atacantes. No fim, Anderson Barros contratou 1/3 desses números e já levantou o dobro de troféus. A casa já estava arrumada? Sim. Mas houve uma gestão equilibrada.
Não se pode direcionar as atenções somente para um setor. Hoje, o Palmeiras não tem 2 reservas à altura para a zaga e nem laterais. Luan é bom, mas oscila muito. Já Naves é muito jovem, sem cancha para assumir uma titularidade. Aliás, os principais problemas estão nas laterais. A esquerda só conta com Piquerez e Vanderlan.
Caso ambos se machuquem ou caiam de rendimento, sobra ao Abel apostar em Ian Custódio, da base, sendo que Vanderlan subiu de lá não tem muito tempo. A direita é outro empecilho à parte. Marcos Rocha vem se lesionando bastante e a idade avançada pesa contra ele. Já Mayke é alvo de John Textor para o Botafogo, deixando o verdão apenas com Garcia, também do juniores, como opção.
Falta direcionamento a Leila Pereira e Anderson Barros
Mesmo com essas situações, que são mais preocupantes, o foco da diretoria parece outro. Nomes como os de Matías Rojas (meia), Rodrigo Zalazar (meia), Claudinho (meia/atacante), Vinícius Souza (meia), Allan (meia) e tantos outros que estão sendo cogitados no verdão não deviam ser a prioridade. Tudo bem, Danilo deixou um buraco no meio alviverde que precisa ser tampado, mas não é o principal problema do momento.
Já houve situações em que ficamos sem os dois zagueiros e os reservas não passaram tanta segurança. Ou, pior, quando Marcos Rocha voltou de lesão e se machucou de novo. Mayke entrou, sentiu, e Garcia o substituiu. Já pensou se fosse uma partida eliminatória? O peso que esse garoto carregaria nas costas?
O ideal seria trabalhar melhor a defesa antes de qualquer outro setor. E deixar claro o plano para a temporada: vão contratar reforços ou apostar na base? Se for a segunda opção, seria bom deixar claro para o Abel e companhia, que precisam programar o restante da temporada e saber como usar o plantel no decorrer do ano. Se a ideia for reforçar, que seja rápido, porque o ano já está na metade, com os principais campeonatos se afunilando e, como consequência, mais competitivos. Já não é mais tempo de testar, mas sim ser assertivo.
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