Após a derrota diante do Bahia por 1 a 0, fora de casa, em Salvador, o Palmeiras já se concentra para a partida decisiva diante do Botafogo. O confronto está marcado para domingo (25), às 16h, dentro de casa, no Allianz Parque.
O revés diante do Esquadrão de Aço foi o primeiro do Alviverde na competição. O meia-atacante Thaciano, já no fim do segundo tempo, foi o autor do único tento do jogo.
Comentarista do programa ‘Fim de Papo’, do UOL Esporte, Mauro Cezar Pereira polemizou ao declarar que a campanha do Palmeiras no Brasileirão não é tão boa como falam.
“O Bahia tinha oito desfalques e era um dos piores times do campeonato. E o Palmeiras tem elenco, tanto que não contrata. Eu ouço esse discurso de que o Abel maneja o elenco com maestria, que não precisa de reforços. E o Palmeiras perdeu para o Bahia”, iniciou.
“Eu estou esperando o dia em que o Palmeiras apenas perderá um jogo. Perdeu e acabou, não tem arbitragem, não tem bola que não entrou… todo time perde jogo. Aliás, em 11 jogos no Brasileirão, foram 6 vitórias, 4 empates e uma derrota. Ou seja, quase metade dos jogos não venceu. Não é uma campanha tão boa assim. É boa, mas não tão boa para tanto confete que é jogado”, completou Mauro Cezar.
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O Palmeiras hoje é uma das maiores potências do futebol sul-americano e, dentro do Brasil, briga ano após ano com o Flamengo para assumir como time mais expressivo do país. Em questão de títulos, atualmente, já é o maior. Só que, diferente do rival, não recebe as mesmas cotas televisivas, fator esse que pesa contra o time de Abel. Assim, sempre que acontecem baixas no elenco, a diretoria pena para encontrar peças de reposição. Porém, a procura no último ano incomodou a torcida, por conta da falta de foco.
O problema do Palmeiras não está no setor ofensivo
Ao contrário do que muitos torcedores pensam, contar com muitos reforços ofensivos não é a melhor fórmula para o sucesso. Um exemplo claro disso foi Alexandre Mattos, que contratou quase 70 atletas em cinco anos como diretor executivo do clube e, de todos, menos de dez deram o retorno esperado. E o foco dele era meio-campistas e atacantes. No fim, Anderson Barros contratou 1/3 desses números e já levantou o dobro de troféus. A casa já estava arrumada? Sim. Mas houve uma gestão equilibrada.
Não se pode direcionar as atenções somente para um setor. Hoje, o Palmeiras não tem 2 reservas à altura para a zaga e nem laterais. Luan é bom, mas oscila muito. Já Naves é muito jovem, sem cancha para assumir uma titularidade. Aliás, os principais problemas estão nas laterais. A esquerda só conta com Piquerez e Vanderlan.
Caso ambos se machuquem ou caiam de rendimento, sobra ao Abel apostar em Ian Custódio, da base, sendo que Vanderlan subiu de lá não tem muito tempo. A direita é outro empecilho à parte. Marcos Rocha vem se lesionando bastante e a idade avançada pesa contra ele. Já Mayke é alvo de John Textor para o Botafogo, deixando o verdão apenas com Garcia, também do juniores, como opção.
Falta direcionamento a Leila Pereira e Anderson Barros
Mesmo com essas situações, que são mais preocupantes, o foco da diretoria parece outro. Nomes como os de Matías Rojas (meia), Rodrigo Zalazar (meia), Claudinho (meia/atacante), Vinícius Souza (meia), Allan (meia) e tantos outros que estão sendo cogitados no verdão não deviam ser a prioridade. Tudo bem, Danilo deixou um buraco no meio alviverde que precisa ser tampado, mas não é o principal problema do momento.
Já houve situações em que ficamos sem os dois zagueiros e os reservas não passaram tanta segurança. Ou, pior, quando Marcos Rocha voltou de lesão e se machucou de novo. Mayke entrou, sentiu, e Garcia o substituiu. Já pensou se fosse uma partida eliminatória? O peso que esse garoto carregaria nas costas?
O ideal seria trabalhar melhor a defesa antes de qualquer outro setor. E deixar claro o plano para a temporada: vão contratar reforços ou apostar na base? Se for a segunda opção, seria bom deixar claro para o Abel e companhia, que precisam programar o restante da temporada e saber como usar o plantel no decorrer do ano. Se a ideia for reforçar, que seja rápido, porque o ano já está na metade, com os principais campeonatos se afunilando e, como consequência, mais competitivos. Já não é mais tempo de testar, mas sim ser assertivo.
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