Embora o Palmeiras vencido o Barcelona de Guayaquil ontem, as coisas podem ficar complicadas nos próximos dias. Isso porque, dado que ainda temos oito jogos até o fim do mês, rodar o elenco para evitar lesões será essencial. Porém, muitos dos substitutos, quando testados, não se mostraram nem próximos da qualidade dos titulares. Daí vem o questionamento: poupar no próximo jogo contra o Goiás ou arriscar e seguir num ritmo mais intenso?
Abel precisará quebrar a cabeça pra montar o Palmeiras
Por mais estranho que pareça, já que, disputamos dois títulos e vencemos ambos, ficou claro que nosso plantel reserva não tem. nem de perto, a mesma qualidade do titular. Dois exemplos resumem bem isso: o primeiro jogo contra o Bolívar e, ontem contra o Barcelona. Além deles, vale ressaltar as improvisações que não deram certo, como Artur pelo meio ou Rafael Navarro no lugar de Raphael Veiga.
No primeiro confronto, Abel Ferreira preferiu poupar todo o time titular pensando no jogo de volta da final do Paulista. Resultado: jovens recém-promovidos da base não conseguiram se adequar a altitude da Bolívia e perdemos por 3 a 1. A aposta do professor acabou dando certo e vencemos o Paulistão mas, de certa forma, dificultou nossa caminhada na Libertadores.
Já no segundo caso, as questões foram um pouco mais sutis. Primeiro, tivemos a lesão de Murilo, que foi substituído por Luan que, no fim do primeiro tempo quase fez um gol contra. Posteriormente, para poupar o elenco, colocou Breno Lopes, Navarro e Garcia que, de certa forma, derrubaram e muito o rendimento do elenco. Aliás, Garcia vem surpreendendo de forma negativa, já que se tinha muita esperança no seu potencial dentro do Palmeiras.
Apesar de tudo o Palmeiras teve surpresas positivas
Os últimos jogos mostraram que temos uma necessidade real de recorrer ao mercado para algumas posições. Aliás, uma contratação pontual é a prova disso: Richard Ríos. O jovem colombiano, sempre que entra, dá outro ritmo no jogo e, dessa forma, vem ganhando cada vez mais espaço para, quem sabe, se tornar titular do Palmeiras, em um esquema com Veiga e Zé Rafael, ou Veiga e Menino, dependendo do confronto.
Outra grata surpresa foi Vanderlan, que assumiu a lateral-esquerda quando Piquerez se lesionou e, apesar de ter oscilado no começo, ganhou cancha conforme os jogos passavam e se mostrou muito consistente, agradando bastante o staff. Giovai e Flaco López também pleiteiam uma vaga mas, seus rendimentos ficam atrás as vezes.
Quais setores requerem maior atenção
No geral, o Palmeiras tem problema com sua zaga, lateral-direita, volância e meias de armação. Com a lesão de Marcos Rocha, por exemplo, temos Mayke de imediato. Contudo, se ele se cansar, Garcia entra. Na zaga, Luan é a maior prova de inconsistência do verdão nos últimos anos. É bom zagueiro, mas falha em lances crucias e já mostrou isso várias vezes. Temos Naves, que é muito jovem e, de certa forma, seria arriscar demais em um setor tão importante.
O caso do meio de campo é a parte mais difícil para o Palmeiras. Desde a saída de Danilo, estamos improvisando Zé Rafael de primeiro volante. Para a posição, temos Fabinho, que não mostra muita consistência, e Jailson, que já fala por si só. Deste modo, seria interessante buscarmos no mercado alguém de origem na posição.
Já a armação é algo mais complicado, já que, sem Veiga, nossas opções são: jogar com três meias, improvisar Artur ou o Navarro. A mais efeciente, ao que parece, é a primeira. O ex-Bragantino se destaca muito mais pelas pontas, enquanto o Navarro serve de pivô e para resvalar bolas na área, sem muita efetividade na criação de jogadas. Dudu, em anos anteriores, também perde muito do seu potencial ofensivo quando é colocado no meio de campo.
E para o jogo contra o Goiás?
Há quem diga que poupar para o jogo contra o Goiás no Brasileirão seria um erro de Abel, porque é preciso disputar todos os confrontos com intensidade. Mas, será que desgastar tanto os atletas do Palmeiras é a melhor escolha? Temos jogos contra Grêmio, Bragantino, Atlético-MG e Santos pelo Brasileirão, além das oitavas de final da Copa do Brasil contra o Fortaleza e a volta contra o Cerro Porteño, do Paraguai. Dessa maneira, seria muito melhor usar, ao menos, um time misto.
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