O Mercado de Transferência está sempre recheado de transações. Jogadores rumam de um clube para o outro por milhões e milhões. Um exemplo foi o Endrick, que já foi vendido por 60 milhões de Euros pelo Palmeiras. Mas nem toda negociação envolve essa questão de “comprar e vender”. E é por isso que vamos explicar no NossoPalmeiras como funcionam as negociações “de graça”, ou seja, com jogadores que estão sem contrato.
O que é “comprar” um jogador?
Desde os anos 90, não existe mais o famoso “passe” do jogador, que obrigava o atleta a permanecer no clube pelo tempo que fosse ou até a venda do “passe”. Ou seja, hoje em dia, o atleta deve jogar pelo clube enquanto durar o contrato estipulado ou, se for do interesse, romper o acordo pagando a multa combinada. Se estivéssemos em 1980, por exemplo, não teríamos a novela da renovação de Dudu.
O ponta só poderia deixar o Palmeiras caso o Verdão vendesse seu “passe”, ou seja, o direito de ter aquele atleta. Hoje em dia, ao vermos um clube pagando outro, é para que o Clube A (dono do jogador) aceite abrir mão do contrato com o jogador para que ele possa ir assinar um acordo com o Clube B. A palavra “comprar”, por mais que usemos sempre, está tecnicamente errada.

E os jogadores “de graça”?
Mas e ao acabar um contrato? Vamos supor que o Palmeiras se interessa por Fulano, atacante que acabou de ficar livre no mercado. Ele viria realmente de graça? Não. Primeiro porque, obviamente, há o salário. Segundo porque, ao assinar um contrato, é extremamente comum que hajam “luvas”: um valor pago única e exclusivamente pela assinatura. Ainda há a comissão do empresário, que costuma cobrar o equivalente a 1 a 6 meses de salário do jogador em questão.
E quando um atleta está sem clube, o jogador e empresário entendem que uma equipe interessada teria que gastar menos: o tal Fulano, que interessa o Palmeiras, não tem contrato válido com nenhum time, logo não há equipe para receber compensação. Nesse caso, tanto jogador quanto empresário costumam cobrar “luvas” e comissões ainda maiores. Na Europa, por exemplo, uma negociação “de graça” pode chegar a custar 10 milhões de Euros por essas questões.
Como funcionam os pré-contratos?
Por falar em Europa, o velho continente é um lugar para o Palmeiras ficar de olhos bem abertos. Por lá, a temporada acaba em Junho, assim como na Argentina e EUA. Então é normal que os contratos lá costumem acabar entre Junho e Agosto de algum ano.
Mas isso não quer dizer que o Palmeiras precisa esperar para sondar o jogador: no Brasil, assim como alguns outros países, é permitida a prática do “pré-contrato“. Quando faltam 6 meses ou menos para o vínculo atual de um jogador acabar, ele já pode assinar um contrato com outra equipe, válida a partir do fim de seu atual. Arturo Vidal por exemplo, assinou em meados de Março, ainda na Inter de Milão, um contrato com o Flamengo válido apenas para o segundo semestre.
Como isso se aplica ao Verdão? O Palmeiras precisa ficar de olho nos jogadores em reta final de contrato na Europa ou outros países. Com 6 meses ou menos restantes, o clube atual do jogador pode tentar uma renovação, mas Leila Pereira já poderia também oferecer algo. E nesse caso, não existe a obrigação do Palmeiras de pagar alguma compensação para o detentor atual do atleta.

Oportunidades não faltam. Em pouco tempo veremos mais e mais notícias de craques latinos que estão em processo de renovação ou não. E nesse momento, uma proposta do Palmeiras pode ser essencial. Já entendemos que não é “de graça”, mas é uma maneira mais econômica do que “comprar” de outro time.
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