Palmeiras fecha 2025 sem taças, mas Abel enxerga algo que poucos estão vendo
Maior campeão entre os técnicos da história do Palmeiras, Abel Ferreira encerrou a temporada de 2025 vivendo um cenário inédito desde sua chegada ao clube: pela primeira vez, o português terminou o ano sem levantar taças. O Verdão acumulou os vice-campeonatos do Campeonato Paulista, do Campeonato Brasileiro e da Conmebol Libertadores, resultados que frustraram a busca do treinador pela 11ª conquista, que o isolaria no topo do ranking histórico, hoje dividido com Oswaldo Brandão.
Apesar da ausência de títulos, Abel descarta qualquer sinal de fim de ciclo. Pelo contrário: renovou contrato com o clube e já projeta 2026 como o ano do desafio de transformar um elenco profundamente reformulado no time que considera ideal.

O vínculo do treinador com o Palmeiras se encerra em dezembro, mas Abel revelou há pouco mais de uma semana que já há um acordo encaminhado para sua permanência. Antes disso, limitava-se a declarações cautelosas e chegou a admitir que os xingamentos da torcida após a eliminação para o Corinthians na Copa do Brasil o fizeram repensar a decisão de renovar.
A temporada de 2025 também foi a de maior cobrança desde sua chegada ao clube, impulsionada principalmente pelas eliminações no Paulista e na Copa do Brasil diante do maior rival, além da perda do título da Libertadores para o Flamengo. Após dominar o cenário nacional e continental com dois títulos brasileiros e duas Libertadores em três anos, Abel viu o Palmeiras ficar novamente no quase.
Ainda assim, o treinador reforça que o desempenho consistente impede qualquer leitura de fracasso absoluto. Para ele, chegar às decisões e brigar por títulos até o fim segue sendo um indicativo de competitividade.
— Não posso entender como final de ciclo quando você chega a uma final de Libertadores. Em seis disputas, fomos três vezes à final, uma à semifinal e outra às quartas. Não é final de ciclo quando, nos últimos campeonatos brasileiros, ganhamos dois e ficamos vice em outros. Perder é duro, ninguém gosta, mas temos de aceitar quando o adversário é melhor — afirmou Abel, em entrevista antes da confirmação do vice continental.

O treinador também ponderou o contexto dos rivais, especialmente o Flamengo, apontando o alto investimento e o nível de reforços como fatores determinantes na disputa direta por títulos em 2025.
Outro ponto-chave da temporada foi a profunda reformulação do elenco. O Palmeiras investiu cerca de R$ 700 milhões em 12 contratações e promoveu a saída de 16 jogadores, incluindo líderes históricos do grupo, como Marcos Rocha e Mayke. Além disso, perdeu por boa parte do ano dois reforços considerados fundamentais: Paulinho e Lucas Evangelista, ambos em recuperação cirúrgica e com retorno previsto para 2026.
As mudanças exigiram adaptação em meio à pressão por resultados imediatos, algo que Abel reconhece como um desafio, mas também como um combustível para seguir no projeto.
— Quando cheguei, construímos tudo juntos, tivemos que reformular e continuamos a ganhar. Agora, quando tivermos todos disponíveis, com os lesionados de volta, teremos o plantel que sempre quis. Esse elenco tem meu DNA, minha marca, e por isso quero continuar aqui — destacou.
Sem títulos em 2025, mas mantendo o Palmeiras entre os principais protagonistas do futebol brasileiro e sul-americano, Abel Ferreira inicia um novo ciclo respaldado pela diretoria e agora com a missão clara: transformar o “elenco dos sonhos” em novas conquistas a partir de 2026.
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