O Palmeiras vive um grande momento na temporada, e o reflexo disso apareceu mais uma vez nesta quarta-feira. Com uma atuação dominante, o time goleou o Red Bull Bragantino por 5 a 1, no Allianz Parque, e manteve a distancia do Flamengo na ponta do Campeonato Brasileiro.
Após a partida, o técnico Abel Ferreira elogiou a performance da equipe e destacou que o elenco atingiu uma “maturidade competitiva” — resultado de um processo de reconstrução ao longo do ano.
“Houve alterações no elenco, jogadores que vendemos, e um conjunto de fatores que nos obrigou a sermos muito precisos no que temos de fazer. Perdemos contra o Bahia, e sei que parte disso foi responsabilidade minha. Agora estamos num bom momento, com determinação e resiliência. O grupo atingiu uma maturidade competitiva, com presente e futuro. Ainda pode crescer. É muito trabalho e muito mérito dos jogadores”, afirmou o treinador.
Com o resultado, o Palmeiras chegou a 61 pontos, mantendo a diferença de três para o Flamengo, que também venceu na rodada. A briga pelo título segue acirrada — e o confronto direto entre os dois times, no próximo domingo, às 16h, no Maracanã, promete ser decisivo.

Equilíbrio e foco até o fim
Mesmo com a excelente fase, Abel evitou empolgação. Em sua análise, o treinador reforçou a importância de manter a serenidade em um campeonato longo e desgastante.
“Estou aqui há cinco anos, e sempre foi assim: nenhuma equipe mantém estabilidade o tempo todo. O que define uma equipe é a forma como reage nos momentos difíceis. Ainda faltam dois ou três meses de competição, e é preciso lidar com o equilíbrio em todos os momentos”, disse.
Abel também destacou que, apesar da boa sequência, o Palmeiras precisa continuar com os pés no chão:
“Quando as coisas vão bem, é meter gelo. Não somos tão ruins quanto disseram, nem os melhores do mundo. É o mesmo processo, o mesmo treino, a mesma entrega.”
“Um desafio no Maracanã”
O próximo confronto do Verdão será justamente contra o Flamengo, vice-líder do campeonato, no Maracanã. Abel reconheceu o peso do duelo e lembrou o histórico recente desfavorável do Palmeiras no estádio.
“Acho que o Palmeiras já não ganha lá há dez ou onze anos. É um desafio para nós. Vamos nos preparar bem para esse jogo”, projetou o treinador.
Em caso de vitória, o Palmeiras pode abrir seis pontos de vantagem na liderança e encaminhar o bicampeonato brasileiro.
Processo de reformulação e confiança no trabalho
Abel também aproveitou para refletir sobre o processo de reformulação do elenco nesta temporada, após saídas importantes e a chegada de novos talentos.
“Sabemos onde estamos e onde queremos chegar. O mundo é rápido, mas o segredo é trabalho e persistência. Fizemos muitas reuniões para entender quem saía, quem chegava, quem venderíamos. Isso faz parte da dinâmica de um clube que forma, vende e compra. O segredo é o trabalho e acreditar no processo”, explicou.
O técnico ressaltou ainda que, mesmo nos momentos de oscilação, o grupo manteve a confiança:
“Nunca duvidamos do que somos capazes de fazer. Às vezes os gols saem, às vezes não. Mas há muito trabalho e dedicação por trás. É a nossa forma de ser e de trabalhar.”
Gestão de elenco e filosofia
Questionado sobre o banco de reservas cada vez mais forte, Abel destacou a importância da gestão de grupo e da competitividade interna.
“Gosto de olhar para o banco e ver Bruno Rodrigues, Flaco López, Aníbal… São jogadores de qualidade. Eles sabem que só podem jogar 11 e entrar 5. Admiro todos e respeito o esforço de cada um, até os que saíram. Isso é mais do que futebol — é uma filosofia de vida”, afirmou.
Para o português, a base do sucesso palmeirense vai além da tática ou da técnica:
“Viram a imagem do Bruno Rodrigues com todo elenco? Nunca será só futebol. Há amor. Isso não está no livro que escrevi, mas está presente todos os dias no nosso CT. Amor, compromisso e espírito coletivo.”
Vitor Roque, convocados e apoio da diretoria do Palmeiras
Abel ainda comentou sobre o atacante Vitor Roque, cotado para a Seleção Brasileira, e exaltou o apoio da diretoria e da presidente Leila Pereira na busca por reforços.
“O Vitor é um jovem com muito potencial. Se o treinador da Seleção entender que deve chamá-lo, tudo certo. Cabe a ele seguir trabalhando e fazendo gols. O Palmeiras tem uma geração muito boa — Endrick, Luis Guilherme, Estêvão, Vitor Reis… tive a sorte de poder lançá-los.”
“A Leila faz um esforço enorme para que nada falte. Foi assim para trazer de volta o Gómez e o Ríos. Ela sente a vontade dos jogadores em estar aqui. Isso faz diferença”, completou.

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