O empate sem gols entre Palmeiras e Vitória, nesta quarta-feira, no Allianz Parque, não trouxe apenas frustração ao torcedor alviverde. Trouxe também uma das coletivas mais tensas de Abel Ferreira em 2025. Irritado com a arbitragem, com as “narrativas” que cercam o Palmeiras e com a postura do próprio time, o treinador desabafou longamente após o apito final.
A principal reclamação de Abel foi a expulsão de Andreas Pereira, punido com dois amarelos — o primeiro por um toque inexistente no rosto do adversário, segundo o treinador, e o segundo ao reclamar da marcação.
— “Criaram essa narrativa de que o Palmeiras é beneficiado pelos árbitros… O Andreas leva um amarelo com o árbitro a cinco metros, e ele nem toca no adversário. São fatos. Onde está o critério?” — disparou Abel.
O técnico ainda comparou episódios recentes, mencionando o pênalti polêmico no clássico contra o São Paulo e o lance contra o Santos que, segundo ele, não recebeu o mesmo nível de cobrança.
— “Sabe por que o Andreas foi expulso? Porque disse: ‘é ridículo o amarelo que me deste’. Tudo além disso é mentira.”
Com o cartão vermelho, Andreas está fora do duelo contra o Fluminense, no sábado.

Críticas duras ao time: “45 minutos de apatia”
Apesar da revolta com a arbitragem, Abel não poupou críticas à própria equipe, especialmente pelo desempenho no primeiro tempo.
— “Foram 45 minutos de apatia. Só tocamos para trás e para o lado. Faltou agressividade. Quem quer lutar pelo título não pode entregar 45 minutos.”
O treinador exaltou a postura de Allan, de 20 anos, como exemplo de iniciativa que faltou ao restante da equipe.
O Palmeiras só engrenou após o intervalo, quando criou chances com Raphael Veiga, Bruno Rodrigues, Felipe Anderson e Facundo. Mas parou em Thiago Couto, o melhor em campo pelo Vitória.
— “A bola não entrou. Não fizemos uma boa primeira parte e isso é nossa responsabilidade.”
Cruzamentos? Abel rebate narrativa
Nos minutos finais, Abel lançou Gustavo Gómez ao ataque, aumentando o volume de cruzamentos na área. A crítica foi imediata — mas o técnico rechaçou que o Palmeiras tenha dependido apenas dessa estratégia.
— “Na primeira parte, cruzamos apenas duas vezes. Não venham com essa narrativa. Na segunda parte abusamos mais, sim, porque era o que tínhamos diante de um time com linha baixa e cinco homens fechando o corredor central.”
Para Abel, a insistência no jogo aéreo foi consequência do cenário, e não um plano único.
— “Entrar pelo meio era bater na parede. E nossa grande chance do jogo nem foi cruzamento, foi passe.”
O que vem pela frente
O empate deixa o Verdão sob pressão na briga pelo título, especialmente com o Flamengo podendo abrir vantagem na tabela. Agora, o Palmeiras terá uma sequência decisiva:
- Sábado: Palmeiras x Fluminense (Allianz Parque)
- Terça-feira: Grêmio x Palmeiras (Porto Alegre)
- Dia 29: Final da Libertadores
Com Abel mais inflamado do que nunca e o time ainda oscilando, o Verdão encara um momento chave da temporada — e cada falha pesa ainda mais.
Veja também
- Palmeiras: Abel perde a paciência e aponta culpados após jogo tenso
- Com goleiro pegando tudo, Palmeiras empata com o Vitória e da chances para rival disparar
- Time reforçado! Saiu as escalações de Palmeiras x Vitória; veja
- Palmeiras: Peça-chave do Flamengo está fora da Final da Libertadores; veja
- Palmeiras x Vitória: jejum recente acende alerta; veja o retrospécto
- Para voltar a liderança! Escalações, onde assistir e quem apita Palmeiras e Vitória
Veja mais notícias do Palmeiras, acompanhe os jogos, resultados e classificação além da história e títulos da Sociedade Esportiva Palmeiras.

