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Foto: Cesar Greco/Palmeiras

Tudo sobre a final: veja análise, melhores momentos e resumo do título do Palmeiras

Não era de se esperar menos de uma final entre Palmeiras e Flamengo. Os primeiros 15 minutos denotavam uma partida dura, elétrica e muito feroz: os dois times se propuseram a jogar abertos, buscando o jogo vertical. E nessa etapa inicial brilhou mais o Flamengo. Com um meio-campo mais organizado, os cariocas conseguiam envolver o Palmeiras em tramas e trocas de passe para desequilibrar o sistema defensivo. Goméz, porém, foi sólido nessa pressão inicial e funcionou como um paredão. E o Flamengo não dominava, apenas jogava melhor: o Palmeiras atacava bem nos contragolpes, em passes longos pela direita (em partida ofensiva excelente de Marcos Rocha) ou em jogadas individuais de Dudu pela esquerda.

Foto: Cesar Greco/Palmeiras

Da desordem do meio-campo surgiu espaço para a jogada do Flamengo que resultou no pênalti. Zé Rafael chegou atrasado e Gabriel aproveitou. Mas como se fosse por ironia, foi justamente o gol (e o fator “estrela” de Gabriel) que salvaram o Palmeiras.

Ali o time acordou. Endrick apareceu mais, impressionando com a capacidade física, tática e técnica de realizar o pivô. Veiga também se mostrou mais ativo, flutuou mais e voltou para buscar jogo. E a soma dos dois, mais a intensidade de Dudu, resultou no empate.

Palmeiras se reergue na forma de Menino

Mas a grande redenção veio de Gabriel Menino. Apático no jogo até metade do primeiro tempo, o garoto “acordou” e demonstrou fôlego e intensidade no meio. Se não foi preciso nos passes, ajudou a afobar o setor ofensivo flamenguista, se movimentou muito e foi premiado com um golaço de fora da área.

Na frente do placar, o Palmeiras voltou morno para o segundo tempo. Gabriel aproveitou e marcou belo gol. E, novamente, parece que o poder de decisão de Gabriel foi o que incendiou o Palmeiras. Endrick se provou mais do que capaz em ser um homem de referência no ataque e conseguiu um importante pênalti, que Veiga, como de costume, colocou nas redes.

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E em uma noite de “lá e cá”, repleta de golaços, foi a vez de Pedro anotar uma pintura de calcanhar, em um momento de descuido do setor defensivo lateral. Mas a resposta veio com Menino, que vivia noite iluminada. Aproveitou uma imensa bobeada defensiva do Flamengo, o mal posicionamento de Santos e deu um chute não muito bom, mas eficaz o suficiente para finalizar o resultado.

O Palmeiras mostrou saber sofrer durante o jogo. Deixou o Flamengo atacar, algo perigoso diante de tantos craques, para contar com os contragolpes. Marcos Rocha, Dudu e Veiga souberam aproveitar bem os buracos deixados, assim como Menino estava iluminando. O alerta vermelho fica para o sistema defensivo, que permitiu muitas infiltrações e movimentos perigosos do Flamengo. Em uma noite mais iluminada de Arrascaeta ou até Pedro (apesar do belo gol), o empate ou até mesmo a derrota poderia acontecer.

Mas o saldo é positivo. O Palmeiras conseguiu se mostrar um time muito forte psicologicamente e taticamente, ainda muito eficaz no jogo vertical e demonstrou a recuperação de Gabriel Menino, que vinha em baixa, e Veiga, que se recupera de lesão.

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Gabriel Menino, homem do jogo – Foto: Cesar Greco/Palmeiras

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