O Palmeiras enfrenta o Bolívar pela primeira rodada da fase de grupos da Libertadores, em uma tarefa bem mais árdua do que parece. Apesar de não ter tanta tradição internacional, o time boliviano tem potencial para dar muito trabalho para Abel.
Que horas e como ver a estreia do Verdão na Libertadores?
A partida começa às 21h30 (horário de Brasília) no Estádio Hernando Siles, em La Paz. A transmissão fica por conta da Globo, ESPN e Star+.
Com o desgaste da final no último domingo, a viagem para La Paz e a altitude, Abel optou por um time alternativo para iniciar a partida. A expectativa recai sobre Artur, que deve fazer sua estreia.
Estádio será o maior inimigo do Palmeiras
O fator mais perigoso, e maior arma do atual vice-líder do Boliviano, é a altitude. Mandando seus jogos no Estádio Hernando Siles, os 3600 metros acima do nível do mar são o suficiente para prejudicar seriamente todo o aspecto físico e até técnico do Palmeiras, já que a bola se comporta de forma diferente em chutes e passes quando se joga nessa altitude. E se não bastasse ser o sétimo estádio de maior altitude do mundo, a arena comporta 45 mil torcedores, podendo se tornar um verdadeiro caldeirão.
Quais as preocupações de Abel diante do Bolívar?
A equipe em si, claro, é técnica e taticamente muito inferior ao Palmeiras de Abel, ainda mais em um jogo em “condições normais”. Mas pesa muito a favor dos bolivianos o costume em se jogar na altitude. Fisicamente, os jogadores sentem muito menos desgaste, falta de ar e cansaço. Com um time que já vem começando a ter uma sequência intensa, como a final do último domingo, isso pode ser um agravante, mesmo para os que atuaram por pouco tempo.
Já técnica e taticamente, estão acostumados com o fato de que a bola costuma correr ou quicar no gramado de forma muito peculiar. A bola área e chutes de longa distância levam muito mais perigo que o comum, pois não é raro vermos a bola “pegando” efeito ou quicando de maneira inesperada diante da zaga. O toque de bola simples ou o lançamento rasteiro, porém, costumam ser má ideia: com a bola correndo mais que o normal, tanto passar quanto dominar a bola se tornam tarefas bem mais difíceis.
Um time bom para os padrões bolivianos, mas que dará trabalho
O grande destaque, ironicamente, é um brasileiro: o atacante Gabriel Poveda é o craque do time e tem um valor de mercado avaliado em cerca de 10 milhões. Seu auge foi pelo Sampaio Corrêa, onde somou 25 gols em apenas 51 jogos, ainda dando uma assistência. Recém-chegado na Bolívia, o atacante tem 4 jogos e 1 bola na rede.
O experiente goleiro Lampéz, o jovem lateral-esquerdo Fernández e Algaranaz, outro atacante, também podem dar trabalho.
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