Palmeiras: Depois de boa vitória na última rodada, Abel dispara “É absurdo como…”

O Palmeiras encerrou a temporada 2025 com vitória fora de casa sobre o Ceará e garantiu a segunda colocação no Campeonato Brasileiro, somando 76 pontos, a maior pontuação já registrada por um vice-campeão na história da competição. Após o apito final, o técnico Abel Ferreira fez um balanço do ano, destacou o contexto de reformulação do elenco e aproveitou para rebater críticas e narrativas da imprensa, principalmente sobre salários e premiações.

Fonte: Portal GE

Vice com recorde e temporada de reconstrução

Apesar de não ter levantado troféus em 2025, Abel defendeu o desempenho da equipe, ressaltando o processo de mudanças vivido pelo clube ao longo do ano.

— Conseguimos bater um recorde, 76 pontos, nunca ninguém ficou em segundo com essa pontuação, mas infelizmente alguém foi melhor. Num ano de reformulação, com 17 saídas e 12 chegadas, fizemos um trabalho muito bem planejado. Dos cinco títulos em disputa, Brasileirão e Libertadores, só um clube fez melhor que nós — afirmou o treinador.

O português também citou o desempenho em outras competições, destacando a presença constante do clube nas decisões estaduais ao longo de sua passagem.

— Representamos bem o futebol brasileiro no Mundial. Na Copa do Brasil, não foi um ano bom, seguimos atrás desse título. Já no Paulista, em pelo menos cinco anos que estou aqui, fomos a todas as finais. Nem sempre os reforços rendem como esperado, e isso acontece em qualquer clube do mundo, até no Real Madrid — completou.

Abel rebate narrativas sobre salários e premiações

Em tom mais duro, Abel Ferreira mostrou incômodo com informações divulgadas ao longo da temporada sobre valores que receberia no Palmeiras.

— É absurdo como se falam de premiações que eu ganharia. Não existe nada disso. Quando quiserem saber, perguntem. É um livro aberto. Falem com a Leila, com o Barros, apurem na CBF. Meu contrato está lá. Jornalistas falam sem saber. Os valores que falam de salários e prêmios são absurdos — disparou.

O treinador reforçou que sua permanência no clube nunca esteve ligada apenas à questão financeira.

— Quando o Palmeiras não quiser mais meus serviços, tudo bem. Vou para outro lugar, porque eu amo ser treinador. Se fosse por dinheiro, jamais estaríamos onde estamos. Por que criam essas narrativas? — questionou.

Crítica ao ambiente midiático e defesa do Palmeiras

Abel também comentou sobre o tratamento dado ao Palmeiras no cenário esportivo nacional e afirmou que o clube é alvo constante de narrativas externas.

— O Palmeiras tem cerca de 25% da imprensa a seu favor, mas os outros 75% criam narrativas para prejudicar o clube. Ainda assim, nunca na história o Palmeiras foi tão respeitado, equilibrado financeiramente e competitivo esportivamente. Não somos um time velho e, mesmo com menos recursos que outros, seguimos disputando títulos — declarou.

Espaço para a base na despedida da temporada

No último jogo do ano, Abel optou por escalar um time reserva e deu oportunidades a jovens da base. Um dos destaques foi Larson, que atuou como titular pela primeira vez.

— Sempre fizemos isso. Gostei do Larson. É um trabalho contínuo da base, mas quem coloca a cabeça a prêmio quando eles jogam sou eu. Poucos clubes do topo da tabela fazem isso. Rejuvenescemos o elenco e mesmo assim brigamos até o fim — analisou.

Olhos em 2026

Com a temporada encerrada, o elenco palmeirense entra em período de férias e se reapresentará em janeiro. A expectativa é de ajustes pontuais no elenco, com a manutenção da base e foco em retomar o caminho dos títulos em 2026.

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