O Palmeiras tem o desejo de manter o lateral-direito Marcos Rocha por uma temporada e, para isso, iniciou as conversas com o estafe do jogador para ampliação do vínculo até o fim do ano que vem. O primeiro contato entre as partes foi considerado animador para ambos e novas conversas devem acontecer durante este ano. Não há pressa para que o acordo seja firmado, assim o vínculo será costurado durante esta temporada.
O técnico palmeirense Abel Ferreira deixou o futuro de Rocha em aberto, dependendo do que for apresentado por ele durante o ano: “Ele renovou no ano passado no meio do ano e nós no futebol procuramos rendimento. Tenha ele 16 anos, tenha ele 38, 40, 43… é rendimento. E nós queremos é ver isso. Rendimento, trabalhar para a equipe como ele tem feito, assumir a sua liderança enquanto capitão e continuando assim é normal que o clube renove com ele“, disse Abel durante entrevista coletiva.
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Cafu, Marcos Rocha e Palmeiras encaixam muito bem em uma frase. Apesar de, em questão técnica, a vantagem ser bem maior para o capitão do Penta, que teve uma carreira longeva e em alto nível, surge o questionamento: quem é mais ídolo no verdão? Vale ressaltar aqui que a pergunta não é sobre quem jogou ou joga mais, e sim quem conquistou e teve maior identificação com a torcida alviverde durante suas passagens pelo Palestra.
Cafu, antes de Palmeiras, foi São Paulo e declarado
Uma questão que, para os mais antigos é conhecida, para os mais novos, não é muito. O torcedor palmeirense jovem já deve ter ouvido falar muito do Palmeiras de 1996 e o ataque dos 100 gols, que resultou no título do Paulista daquele ano. Contudo, o que muitos não sabem, é que ele jogou antes no São Paulo. De 1989 a 1994 o lateral foi destaque no clube do Morumbi, inclusive tendo participação em uma conquista de Mundial de Clubes.
Aliás, o defensor, depois de aposentado, tratou de deixar claro que seu clube do coração era o São Paulo: “Todos os títulos com a camisa do São Paulo, para mim, representam muito orgulho. Sou são-paulino“. Entretanto, houve uma movimentação estratégica para que ele viesse jogar no verdão. Em 1995 ele foi vendido ao Zaragoza, da Espanha, onde jogou apenas 17 jogos. Logo, a Parmalat, então patrocinadora do verdão, o comprou.
Mas, a história vai além, porque os empresários eram donos do Juventude e, para não ficar na cara ou criar rixa entre torcidas, o lateral-direito disputou apenas dois jogos por lá e veio ao verdão. Por aqui ele ficou por três temporadas, conquistando o Paulistão de 1996. Ao todo foram 102 jogos e 16 gols. A última vez que ele balançou as redes com a camisa do alviverde foi em uma partida entre Palmeiras e Mogi-Mirim, em 1997, que vencemos por 5 a 0.
Marcos Rocha e Palmeiras: casamento ideal
Mas afinal, é possível comparar a trajetória de Marcos Rocha no Palmeiras? Em títulos, modéstia a parte e com todo respeito ao capitão do Penta, mas Cafu não limpa as chuteiras de Marcos Rocha no verdão. Rocha tem títulos Libertadores (2x), Brasileirão (2x), Copa do Brasil, Paulistão (3x), todos como titular, que já o qualificam. Mas e sua história por aqui, será que teve o mesmo glamour que a de um dos maiores laterais do futebol?
Vindo de empréstimo do Atlético-MG em janeiro de 2018, ele veio para cá e, por ironia do destino, cruzou os caminhos com Cuca. Aqui, sua visão do “cucabol” foi posta em prática ao máximo. Isso porque, apesar de não aparentar, Rocha é muito forte e, na maioria das vezes que cobra um lateral, é quase como se cobrasse um escanteio, tamanha a força do arremesso. Além disso, teve atuações de gala que, em 2018, fizeram muitos torcedores questionarem o por quê de Tite não tê-lo levado para Copa do Mundo daquele ano.
Apesar de o verdão ter contratado Mayke, Marcos Rocha seguiu e segue firme na lateral-direita. Ele é um dos pilares do time do Abel Ferreira e, ao que tudo indica, pode até encerrar a carreira por aqui. Sua inteligência tática e técnica o credenciam muito dentro do elenco. Além disso, ele é um dos homens de segurança do treinador, assim como Weverton, Gustavo Gómez, Murilo e Piquerez. Aliás, mesmo que não apareça tanto com a bola, sem ela, ele tem um papel importantíssimo dentro de campo.
Afinal: quem é mais ídolo no Palmeiras?
Deixando de lado o saudosismo com aquele time de estrelas de 96, não se pode negar que Marcos Rocha é muito mais ídolo por aqui. O capitão da Seleção Brasileira em 2002 tem muito mais identificação com o São Paulo e, além disso, não tem 1/3 dos títulos de nosso zagueiro por aqui. Vale ressaltar que, além de taças, ele é o único, ao lado de Néstor Camacho (Olímpia-PAR), a ter 11 Libertadores disputadas CONSECUTIVAMENTE, de 2013 a 2017 pelo galo e de 2018 a 2023 pelo verdão.
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