A saída de Richard Ríos para o Benfica, de Portugal, abriu um novo capítulo no meio-campo do Palmeiras. Embora o clube já estivesse preparado para uma possível negociação do colombiano, a missão agora é encontrar uma reposição à altura — ou, se não for possível, improvisar com as opções já disponíveis no elenco.
No último domingo (20), na vitória por 3 a 2 sobre o Atlético-MG no Allianz Parque, quem assumiu a vaga de Ríos foi Lucas Evangelista. O volante de 29 anos, contratado após o Paulistão justamente com essa possibilidade em mente, marcou seu primeiro gol com a camisa alviverde e deixou boa impressão.
Em entrevista após a partida, o técnico Abel Ferreira confirmou que o clube está no mercado em busca de uma reposição, mas também fez questão de valorizar o que já tem em mãos:
– Vamos à procura, se conseguirmos, de uma reposição dentro daquilo que são nossos padrões. Se vier, tudo bem. Se não vier, vamos arranjar soluções internamente. Já fizemos quatro ou cinco vendas acima de 30 milhões de euros e sempre arrumamos soluções. É isso que vamos continuar a fazer – afirmou o treinador.
Evangelista, o “plano B” que virou solução imediata
Lucas Evangelista chegou ao Palmeiras após boa passagem pelo Red Bull Bragantino. A contratação foi pensada estrategicamente para o caso de Ríos ser negociado — algo que, segundo Abel, já estava no radar da comissão e da diretoria.
– Tivemos uma conversa os três: a Leila, eu e o Barros. Sempre digo que, quando conseguimos antecipar uma compra para prever uma venda, é ótimo. E foi o caso do Lucas – revelou o técnico.
Com 17 jogos pelo Verdão, Evangelista deve ganhar sequência como titular, ao menos nas próximas rodadas. Na quarta-feira (24), contra o Fluminense no Maracanã, ele será novamente a aposta de Abel no setor.
Foto: Marcos Ribolli
Reposição no radar, mas com cautela
Apesar de estar atento ao mercado, o Palmeiras sabe que encontrar uma peça com o mesmo nível técnico de Ríos — e por um preço razoável — não será tarefa fácil. A diretoria mantém sigilo sobre nomes e negociações, e adota cautela para não comprometer o planejamento financeiro, mesmo após investir mais de R$ 500 milhões em reforços nesta temporada.
Enquanto isso, Abel confia em soluções internas, como vem fazendo em outras saídas importantes, como as de Endrick e Estêvão.
– Sempre vêm buscar os melhores do nosso time. Mas continuamos aqui, fortes, competitivos. E é com isso que vamos até o fim da temporada – concluiu o comandante.
Por: Luis Gustavo
