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Palmeiras aposta em ‘novo’ zagueiro de R$ 12 milhões: “também joga de volante”

Foto: Cesar Greco/Palmeiras

O Palmeiras está sentindo muito o baque da lesão de Murilo contra o Barcelona de Guayaquil, sem achar um esquema defensivo ideal. Fato é que, Luan foi testado diversas vezes e não rendeu tão bem como rendia em 2020. Com ele em campo, o verdão fica com um jogo manjado. Nos dois últimos confrontos, os atacantes adversários correram para as pontas, puxando os dois zagueiros e, assim, escancarando o gol para quem viesse de trás bater. Weverton, em consequência disso, fica adiantado muitas das vezes.

Murilo lesão Palmeiras
Murilo saindo lesionado da partida entre Barcelona de Guayaquil e Palmeiras (Foto: Cesar Greco / Palmeiras)

Palmeiras perdeu sua identidade defensiva

De forma prática, o Palmeiras não é o mesmo desde a saída de Danilo. O volante fazia muito bem a ligação da defesa para o ataque, marcava bem e ainda chegava na área adversária para fazer gols. E o que mudou? Em suma, ofensivamente, nada. Zé Rafael e Gabriel Menino seguem infiltrando a área para marcar gols. O problema está na defesa. Antes, o verdão, quando ia se defender, usava cinco homens atrás, com Danilo aparecendo como um terceiro zagueiro ou cobrindo os espaços que ficassem no nossa área.

Danilo Palmeiras
Foto: Cesar Greco/Palmeiras

Hoje, como Zé e Menino são mais ofensivos, essa ação não ocorre. Em suma, se dois adversários correram para as pontas, independente dos zagueiros que estiverem jogando, eles vão atrás dos inimigos para marcar. Assim, abre-se um espaço no meio da área para quem vem de trás chutar. Aconteceu com o Grêmio e agora com o Bragantino. Como o Abel prioriza o jogo com os pés de Weverton, ele acaba se adiantando um pouco, o que facilita ainda mais um chute de fora, forte e/ou com curva entrar.

Weverton manchete
Weverton em um dos momentos em que a defesa abriu para um adversário chutar livre (Reprodução: Premiere)

Solução para lesão de Murilo no Palmeiras pode ser “pardal”

Apelar para soluções conhecidas como de “professor pardal”, vulgo improvisações, não é algo novo no verdão. Em 2020, dado momento, Felipe Melo ficou sem espaço no meio e, como era muito querido por Abel, chegou a jogar improvisado como zagueiro. Na nova função, ele chegou a entrar no segundo tempo em algumas partidas e, inclusive, foi o capitão a levantar a taça da Libertadores que vencemos naquele ano.

O jogador Felipe Melo, da SE Palmeiras, comemora seu gol contra a equipe do SC Corinthians P, durante partida válida pela décima terceira rodada, do Campeonato Brasileiro, Série A, na Arena Corinthians.

Inclusive, a improvisação seguiu com Fernando Diniz, o que ajudou o Fluminense a conquistar o Carioca e ganhar com por cinco gols do River Plate na fase de grupos da Libertadores. O Palmeiras tem esse histórico de improvisações, com até Thiago Santos, volante, sendo usado na mesma posição.

Logo, já era de se esperar que o Abel pensasse na improvisação de outro volante. O susto é que, dessa vez, a ideia usar ninguém mais ninguém menos que Jailson para a posição. Como é possível improvisar um jogador que não vai bem nem na sua posição de origem? E pior, sem ritmo, ele vai conseguir cobrir a carência deixada na zaga?

Foto: Cesar Greco/Palmeiras

Jailson ainda merece chances?

Ano passado, o volante sofreu uma lesão séria. Sua volta só se deu esse ano, mas ele não conseguiu recuperar ritmo e sua forma física de antes. Seu timing de bola também está bem aquém do que foi em 2022. Abel chegou a dar chances a ele no começo da temporada. Contudo, ele foi tão mal que perdeu a vaga para Fabinho.

O jogador Jailson, da SE Palmeiras, em jogo contra a equipe da A Ferroviária E, durante partida válida pela décima primeira rodada, do Campeonato Paulista, Série A1, na arena Allianz Parque. (Foto: Cesar Greco/Palmeiras/by Canon)

Entretanto, o volante da base, principalmente contra o Bolívar e Bragantino, mostrou não estar preparado para jogos com muita intensidade física. Assim, Abel deve seguir seu instinto e, de forma controversa, dar uma segunda chance a Jailson no time.

Abel Ferreira em entrevista coletiva (Reprodução: Palmeiras)
Abel Ferreira em entrevista coletiva (Reprodução: Palmeiras)

Ontem, em entrevista coletiva pós-jogo, Abel comentou um pouco sobre: “É bom ver o Jailson sorrir. Fico feliz porque a cobrança nele tem sido muita. É um jogador que já jogou muitas vezes como zagueiro, como cinco e como oito“. O português ressaltou também que Jailson não gosta de jogar sozinho, ou seja, é muito provável que, se ele entrar, o esquema de jogo será mais defensivo. “Hoje jogamos com o Fabinho, que é diferente de jogar com o Zé, mas são os nossos jogadores, e o Jailson seguramente vai jogar também.”

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