Após vencer o São Paulo por 3 a 1 na última rodada do Campeonato Brasileiro, o Palmeiras enfrenta nesta quarta-feira (21), o Bahia, fora de casa. O confronto está marcado para às 21h30, na Arena Fonte Nova, em Salvador.
Ciente que não terá vida fácil, o técnico Abel Ferreira prepara o que tem de melhor, mas alguns desfalques chamam a atenção. O goleiro Weverton, o meio-campista Raphael Veiga e o atacante Rony, foram convocados pela seleção brasileira e são baixas. Joaquín Piquerez, com a seleção uruguaia, segue o mesmo caminho.
No sistema defensivo, Gustavo Gómez, suspenso, e Murilo, retornando de lesão, são reforços.
Com 26 anos, Murilo soma, nesta temporada, 19 confrontos e três bolas nas redes adversárias. No ano passado, foram 57 confrontos, com 11 tentos e dois passes decisivos, sendo um dos principais zagueiros do futebol brasileiro.
A chegada do atleta ao Alviverde aconteceu em 2022, vindo do Lokomotiv, da Rússia. Para fechar o acerto em definitivo, o Maior Campeão do Brasil desembolsou 2,5 milhões de dólares, cerca de 14 milhões de reais na época, por 80% direitos econômicos do xerife.
Com aval de Abel Ferreira, a negociação para assinar com Murilo, ex-Cruzeiro, foi conduzida por Anderson Barros, braço direito da presidente Leila Pereira.
No portal ‘Transfermarkt’, o seu atual valor de mercado é de 8,50 milhões de euros, cerca de 44 milhões de reais. O contrato do zagueiro possui duração até dezembro de 2026.
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O Palmeiras hoje é uma das maiores potências do futebol sul-americano e, dentro do Brasil, briga ano após ano com o Flamengo para assumir como time mais expressivo do país. Em questão de títulos, atualmente, já é o maior. Só que, diferente do rival, não recebe as mesmas cotas televisivas, fator esse que pesa contra o time de Abel. Assim, sempre que acontecem baixas no elenco, a diretoria pena para encontrar peças de reposição. Porém, a procura no último ano incomodou a torcida, por conta da falta de foco.
O problema do Palmeiras não está no setor ofensivo
Ao contrário do que muitos torcedores pensam, contar com muitos reforços ofensivos não é a melhor fórmula para o sucesso. Um exemplo claro disso foi Alexandre Mattos, que contratou quase 70 atletas em cinco anos como diretor executivo do clube e, de todos, menos de dez deram o retorno esperado. E o foco dele era meio-campistas e atacantes. No fim, Anderson Barros contratou 1/3 desses números e já levantou o dobro de troféus. A casa já estava arrumada? Sim. Mas houve uma gestão equilibrada.
Não se pode direcionar as atenções somente para um setor. Hoje, o Palmeiras não tem 2 reservas à altura para a zaga e nem laterais. Luan é bom, mas oscila muito. Já Naves é muito jovem, sem cancha para assumir uma titularidade. Aliás, os principais problemas estão nas laterais. A esquerda só conta com Piquerez e Vanderlan.
Caso ambos se machuquem ou caiam de rendimento, sobra ao Abel apostar em Ian Custódio, da base, sendo que Vanderlan subiu de lá não tem muito tempo. A direita é outro empecilho à parte. Marcos Rocha vem se lesionando bastante e a idade avançada pesa contra ele. Já Mayke é alvo de John Textor para o Botafogo, deixando o verdão apenas com Garcia, também do juniores, como opção.
Falta direcionamento a Leila Pereira e Anderson Barros
Mesmo com essas situações, que são mais preocupantes, o foco da diretoria parece outro. Nomes como os de Matías Rojas (meia), Rodrigo Zalazar (meia), Claudinho (meia/atacante), Vinícius Souza (meia), Allan (meia) e tantos outros que estão sendo cogitados no verdão não deviam ser a prioridade. Tudo bem, Danilo deixou um buraco no meio alviverde que precisa ser tampado, mas não é o principal problema do momento.
Já houve situações em que ficamos sem os dois zagueiros e os reservas não passaram tanta segurança. Ou, pior, quando Marcos Rocha voltou de lesão e se machucou de novo. Mayke entrou, sentiu, e Garcia o substituiu. Já pensou se fosse uma partida eliminatória? O peso que esse garoto carregaria nas costas?
O ideal seria trabalhar melhor a defesa antes de qualquer outro setor. E deixar claro o plano para a temporada: vão contratar reforços ou apostar na base? Se for a segunda opção, seria bom deixar claro para o Abel e companhia, que precisam programar o restante da temporada e saber como usar o plantel no decorrer do ano. Se a ideia for reforçar, que seja rápido, porque o ano já está na metade, com os principais campeonatos se afunilando e, como consequência, mais competitivos. Já não é mais tempo de testar, mas sim ser assertivo.
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