Após a saída de Danilo para o futebol inglês, o Palmeiras detectou que precisava de um primeiro volante. A lista de monitorados é extensa, mas ainda sem sucesso.
Nos últimos dias, um nome que surgiu foi o de Hércules, um dos homens de confiança de Juan Pablo Vojvoda no Fortaleza. No entanto, a reportagem do ‘Nosso Palmeiras’ apurou que, neste momento, não há nenhuma negociação em andamento.
Além do Palestra, Hércules também é comentado nos bastidores do Flamengo, de Jorge Sampaoli.
Recentemente, em entrevista à Rádio Verdes Mares, o presidente leonino, Marcelo Paz, revelou que a ideia é negociar Hércules com o exterior. Uma oferta abaixo de 10,8 milhões de reais, maior venda do clube, está fora de cogitação.
“A tendência é que ele não vá para nenhum clube brasileiro. Nós não vamos deixar de colocar ele para jogar. Ele é um jogador importante, totalmente dentro dos planos, e ele serve ao Fortaleza. Ele tem contrato, salário em dia, então se ele tiver que jogar contra o Vasco (fazendo os sete jogos no Brasileiro), ele vai jogar, seja de titular, seja entrando e depois contra o Bahia. Não passa na cabeça do Fortaleza segurar para vir uma proposta. Mas o mercado internacional também olha muito para o Hércules. Essa janela do meio do ano é a boa janela europeia, o investimento é muito melhor agora, então pode ser que venha uma proposta para o Hércules nessa janela”, disse Paz, que seguiu.
“Eu não vendo por valor menor do que foi vendido o David, R$ 10,8 milhões, que foi a maior venda da história do clube até agora”, finalizou o presidente.
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O Palmeiras hoje é uma das maiores potências do futebol sul-americano e, dentro do Brasil, briga ano após ano com o Flamengo para assumir como time mais expressivo do país. Em questão de títulos, atualmente, já é o maior. Só que, diferente do rival, não recebe as mesmas cotas televisivas, fator esse que pesa contra o time de Abel. Assim, sempre que acontecem baixas no elenco, a diretoria pena para encontrar peças de reposição. Porém, a procura no último ano incomodou a torcida, por conta da falta de foco.
O problema do Palmeiras não está no setor ofensivo
Ao contrário do que muitos torcedores pensam, contar com muitos reforços ofensivos não é a melhor fórmula para o sucesso. Um exemplo claro disso foi Alexandre Mattos, que contratou quase 70 atletas em cinco anos como diretor executivo do clube e, de todos, menos de dez deram o retorno esperado. E o foco dele era meio-campistas e atacantes. No fim, Anderson Barros contratou 1/3 desses números e já levantou o dobro de troféus. A casa já estava arrumada? Sim. Mas houve uma gestão equilibrada.
Não se pode direcionar as atenções somente para um setor. Hoje, o Palmeiras não tem 2 reservas à altura para a zaga e nem laterais. Luan é bom, mas oscila muito. Já Naves é muito jovem, sem cancha para assumir uma titularidade. Aliás, os principais problemas estão nas laterais. A esquerda só conta com Piquerez e Vanderlan.
Caso ambos se machuquem ou caiam de rendimento, sobra ao Abel apostar em Ian Custódio, da base, sendo que Vanderlan subiu de lá não tem muito tempo. A direita é outro empecilho à parte. Marcos Rocha vem se lesionando bastante e a idade avançada pesa contra ele. Já Mayke é alvo de John Textor para o Botafogo, deixando o verdão apenas com Garcia, também do juniores, como opção.
Falta direcionamento a Leila Pereira e Anderson Barros
Mesmo com essas situações, que são mais preocupantes, o foco da diretoria parece outro. Nomes como os de Matías Rojas (meia), Rodrigo Zalazar (meia), Claudinho (meia/atacante), Vinícius Souza (meia), Allan (meia) e tantos outros que estão sendo cogitados no verdão não deviam ser a prioridade. Tudo bem, Danilo deixou um buraco no meio alviverde que precisa ser tampado, mas não é o principal problema do momento.
Já houve situações em que ficamos sem os dois zagueiros e os reservas não passaram tanta segurança. Ou, pior, quando Marcos Rocha voltou de lesão e se machucou de novo. Mayke entrou, sentiu, e Garcia o substituiu. Já pensou se fosse uma partida eliminatória? O peso que esse garoto carregaria nas costas?
O ideal seria trabalhar melhor a defesa antes de qualquer outro setor. E deixar claro o plano para a temporada: vão contratar reforços ou apostar na base? Se for a segunda opção, seria bom deixar claro para o Abel e companhia, que precisam programar o restante da temporada e saber como usar o plantel no decorrer do ano. Se a ideia for reforçar, que seja rápido, porque o ano já está na metade, com os principais campeonatos se afunilando e, como consequência, mais competitivos. Já não é mais tempo de testar, mas sim ser assertivo.
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