Confira todos os títulos do Palmeiras ao longo de sua história:
Campeonato Paulista
1920, 1926, 1926 (Extra), 1927, 1932, 1933, 1934, 1936, 1938, 1940, 1942, 1944, 1947, 1950, 1959, 1963, 1966, 1972, 1974, 1976, 1993, 1994, 1996, 2008, 2020 e 2022
Copa dos Campeões
2020
Copa Mercosul
1998
Recopa Sul-Americana
2022
Copa do Brasil
1998
Esta conquista foi marcante, pois, após vencer tudo o que podia no Brasil, garantiu a vaga que possibilitou a conquista da América no ano seguinte. O planejamento de Luiz Felipe Scolari era justamente esse: vencer a competição doméstica e, na sequência, sagrar-se campeão da Libertadores. Com o apoio da diretoria, que trouxe Arce do Grêmio e Paulo Nunes do Benfica, o time estreou com facilidade, superando o CSA de Alagoas pelos placares de 1 a 0 e 3 a 0.
Na fase seguinte, uma igualdade no primeiro jogo frente ao Ceará deixou os palmeirenses apreensivos, porém um 6 a 0 no Palestra Italia acabou com qualquer dúvida.
Nas oitavas de final, o primeiro grande susto, com gols de França e Zé Carlos, derrota para o Botafogo no Maracanã; Cris descontou para o Verdão. Apoiado pela torcida, o time conseguiu um suado 1 a 0 na partida de volta, com gol de Agnaldo, e avançou graças ao tento marcado fora de casa. Nas quartas, o resultado foi definido na casa do adversário, com um 2 a 0 na Ilha do Retiro, Paulo Nunes e Oséas anotaram.
No segundo jogo, empate sem maiores sustos contra o Sport e presença garantida no clássico diante do Santos nas semifinais.Novamente, o decisivo Oseás deixou sua marca, agora nos dois jogos contra os rivais da baixada – um gol no 1 a 1 disputado na capital paulista e outro no 2 a 2 jogado na Vila Belmiro. O Alviverde classificou-se novamente graças aos gols marcados fora de seus domínios e enfrentou o Cruzeiro, algoz na Copa do Brasil de 1996.
Depois de perder o primeiro jogo no Mineirão, o Palmeiras faturou o título com um belo passe de Oséas para Paulo Nunes, logo no início da partida, estufar as redes do goleiro Paulo César. Aos 44 minutos da etapa final, quando tudo indicava que o desfecho seria nos pênaltis, um chute sem ângulo do predestinado baiano dono da camisa 9 explodiu os palestrinos presentes no Estádio do Morumbi.
2012
A invicta trajetória começou com dois triunfos frente ao Coruripe, 1 a 0 em Alagoas e 3 a 0 em São Paulo. Pela segunda fase, outra viagem ao Nordeste, mas desta vez só de ida, pois, graças a um 3 a 1 sobre o Horizonte, o Verdão eliminou o jogo de volta. Depois, o time de Felipão visitou o sul do país, sendo que a primeira parada foi em Curitiba, frente ao Paraná. Graças a uma eficiente cobrança de falta de Marcos Assunção e uma firme cobrança de pênalti convertida por Henrique, a torcida palestrina pôde comemorar a vitória por 2 a 1.
O segundo confronto foi mais tranquilo, triunfo por 4 a 0, com tentos de Valdivia, Maikon Leite e Mazinho (duas vezes).Ainda no estado do Paraná, a vida do Palmeiras continuou difícil, mas Barcos e Maikon Leite arrancaram um suado empate com o Atlético Paranaense, no Estádio Durival de Britto. Já na Arena Barueri, Luan e Henrique foram os nomes do 2 a 0 que garantiu vaga nas semifinais. Na sequência, a viagem foi um pouco mais longe, o time de Felipão teve a dura missão de enfrentar o Grêmio em Porto Alegre.
No finalzinho de uma partida que se encaminhava para uma igualdade sem gols, Mazinho e Barcos marcaram, bastando ao time segurar o empate por 1 a 1 em São Paulo para ir à decisão. Já na final, foi a vez de o Coritiba encarar o Palmeiras e, assim como os outros dois times paranaenses que já haviam cruzado o caminho do Verdão, a equipe coxa-branca sentiu a força da bola parada de Marcos Assunção.
Logo no primeiro jogo, disputado em Barueri, o volante levantou a bola na área e Betinho foi derrubado, resultando em pênalti convertido por Valdivia. No segundo tempo, Assunção cobrou nova falta e Thiago Heleno converteu, garantindo uma boa vantagem para o confronto de volta. No Couto Pereira, o lateral Ayrton ainda tentou estragar a festa palestrina, mas novamente Marcos Assunção cobrou infração com maestria e Betinho marcou de cabeça. Invicto, com o melhor ataque e melhor defesa, o Verdão faturou mais um título nacional.
2015
Com duas disputas de título na história, Palmeiras e Cruzeiro estavam novamente na briga por uma vaga na fase seguinte da Copa do Brasil. No duelo de ida, em casa, 2 a 1 para o Verdão. No Mineirão, a estrela de Jesus brilhou novamente e, com dois gols e uma assistência, o garoto comandou a vitória por 3 a 2.
Já nas quartas, contra o Internacional, empate suado por 1 a 1 na partida de ida, no Beira-Rio. Com o Allianz Parque lotado, o jogo de volta não foi nada fácil: após abrir 2 a 0, o time verde viu a equipe colorada empatar, mas, no lance seguinte ao gol do Inter, Allione cruzou para Andrei Girotto, de cabeça, colocar o Verdão na próxima fase. A cada degrau alcançado, os rivais palmeirenses criavam maiores dificuldades.
Na semifinal, o Fluminense largou no Maracanã com 2 a 0 a seu favor. O que parecia decidido para uns virou esperança para outros após Zé Roberto diminuir em cobrança de pênalti: 2 a 1. O clima da partida de volta era apreensivo, e Barrios tratou de fazer explodir o Allianz Parque ao marcar duas vezes e assegurar momentaneamente a vaga à final.
No entanto, o gol de Fred no segundo tempo e a defesa milagrosa de Fernando Prass à queima roupa no último minuto levaram a partida para as penalidades máximas. O Verdão inaugurou as cobranças, e, após dois pênaltis perdidos pelo Flu, Allione converteu a bola que colocou a equipe na finalíssima: 4 a 1.
Algoz no Paulista, o Santos novamente cruzou o caminho verde numa final de campeonato. No duelo de ida, 1 a 0 para o rival. Provocações à parte, o duelo de volta contou com quase 40 mil palmeirenses no Allianz Parque e festa espetacular da torcida com direito a mosaicos e muita cantoria. Finalista em quatro das últimas cinco edições, o treinador Marcelo Oliveira colocou o Verdão para frente e, na segunda etapa, viu Dudu marcar duas vezes para delírio da massa alviverde.
Contudo, os santistas diminuíram a vantagem e, novamente, os pênaltis decidiriam o título. O Alvinegro abriu as cobranças e chutou a primeira para fora. Em seguida, Zé Roberto converteu e viu Prass voar na bola de Gustavo Henrique. Apesar do pênalti desperdiçado por Rafael Marques, o Verdão manteve a regularidade, e Fernando Prass, gigante, converteu a bola decisiva: 4 a 3 e conquista da 12ª taça nacional do maior campeão do Brasil.
2020
Nas quartas de final, o Verdão teve de lidar com uma sucessão de contratempos para superar o Ceará, que eliminara o Santos na fase anterior e estava invicto havia oito partidas. No duelo de ida, mesmo sem oito titulares (um com Covid-19, três lesionados e outros quatro convocados para disputar as Eliminatórias da Copa do Mundo), o Alviverde deu show no Allianz Parque e venceu por 3 a 0.
A vantagem obtida na arena foi fundamental para que o time palestrino pudesse superar o surto de coronavírus que acometeu o elenco durante o mês de novembro. No segundo jogo diante dos cearenses, em Fortaleza (CE), o Palmeiras não pôde escalar 15 atletas diagnosticados com a doença, além de outros quatro machucados. Apesar dos 19 desfalques, o Verdão foi valente e contou com a inspiração do meia Raphael Veiga, para empatar por 2 a 2 com o Vozão e carimbar o passaporte palmeirense para a semifinal.
Em busca de sua quinta decisão de Copa do Brasil (campeão em 1998, 2012 e 2015, o clube foi vice em 1996), o Alviverde encarou o perigoso América-MG, que derrubara Corinthians e Internacional, respectivamente, nas oitavas e nas quartas do torneio. No primeiro duelo, em São Paulo, o time mineiro se defendeu com eficiência e chegou a sair em vantagem no placar, mas o Palmeiras empatou com um gol de cabeça do zagueiro Gustavo Gómez: 1 a 1.
A segunda partida, em Belo Horizonte, caracterizou-se pela tensão. O primeiro tempo terminou sem que as duas equipes criassem grandes oportunidades. Na segunda etapa, porém, brilhou a estrela do atacante Rony. Herói do Athletico-PR na conquista da Copa do Brasil de 2019, o camisa 11 deu o passe para Luiz Adriano abrir o placar e ainda fez o segundo gol do triunfo por 2 a 0, decretando a classificação palestrina para a decisão.
O adversário do Maior Campeão do Brasil na final foi o Grêmio, que sonhava com o hexacampeonato do torneio. O Verdão, porém, mostrou-se superior ao time gaúcho nos dois jogos, que tiveram de ser realizados entre fevereiro e março de 2021 devido à pandemia da Covid-19 e a classificação palmeirense para o Mundial de Clubes.
Na partida de ida, em Porto Alegre (RS), o Palmeiras levou a melhor por 1 a 0 (Gustavo Gómez), mesmo jogando por mais de 30 minutos com um atleta a menos, após a expulsão do zagueiro Luan. Já no segundo duelo, no Allianz Parque, Raphael Veiga, brilhou e deu o passe para Wesley aumentar a vantagem alviverde no placar agregado. Nos últimos minutos, Gabriel Menino recebeu de Willian para completar a vitória por 2 a 0 sobre o Grêmio e consolidar o título palestrino, em uma final em que o Verdão não deu chances para o adversário.
Campeonato Brasileiros
1960
O Verdão encarou o Fluminense, campeão da Chave Sul, composta pelos estados do Espírito Santo, da Guanabara, de Minas Gerais, do Paraná, do Rio de Janeiro, do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Após um empate por 0 a 0 no Pacaembu, o Alviverde mostrou que o Maracanã também é seu palco e, assim como no Mundial Interclubes de 1951, saiu vitorioso, Humberto marcou o gol da vitória por 1 a 0 aos 44 minutos do segundo tempo.
No primeiro jogo final, o Palmeiras viajou até o Ceará, onde enfrentou o time o Fortaleza. O Estádio Presidente Vargas, lotado, não intimidou os palmeirenses, com dois gols de Romeiro e um de Humberto, a partida já estava 3 a 0 em menos de 20 minutos. Benedito ainda descontou, mas nada que tirasse o favoritismo dos comandados de Oswaldo Brandão.
As expectativas foram mais do que confirmadas no jogo de volta, 40 mil palestrinos abarrotaram-se no Pacaembu e assistiram a Zequinha, Chinesinho (duas vezes), Romeiro, Julinho, Cruz (duas vezes) e Humberto marcarem em um inesquecível 8 a 2. Com o título invicto, a Sociedade Esportiva Palmeiras conquistou o Brasil pela primeira vez e assegurou vaga para, em 1961, debutar na Copa Libertadores da América.
1967
Ao todo, 15 equipes participantes se enfrentaram todas contra todas em turno único, divididas em dois grupos um com 7 agremiações e outro com 8, sendo que os dois mais bem colocados de cada chave avançaram. O clube de Palestra Itália liderou o grupo B com 7 vitórias, 5 empates e 2 derrotas, ostentando o melhor ataque até então 31 gols em 14 jogos. Em segundo lugar ficou o Grêmio, e ambos se juntaram a Corinthians e Internacional, formando um quadrangular final de rivais, jogado em turno e returno, definindo o grande vencedor.
Com duas vitórias e três empates, os comandados do lendário técnico Aymoré Moreira chegaram à última rodada precisando apenas de um empate no Pacaembu, mas o Alviverde não se contentou apenas com a igualdade antes da primeira meia hora de embate, o artilheiro do campeonato, César Maluco, já havia marcado duas vezes. Ari Ercílio ainda descontou para os gaúchos, mas nada que tirasse o brilho da primeira conquista nacional da inesquecível Academia de Futebol.
1969
Os clubes jogaram todos contra todos, em turno único, mas separados em dois grupos, um com oito agremiações e outro com sete, sendo que os dois mais bem colocados de cada chave avançaram. Com gols de César Maluco e assistências de Ademir da Guia, o Verdão liderou o grupo B com nove vitórias, um empate e seis derrotas, avançando para um quadrangular final com Corinthians, Cruzeiro e Botafogo.
O primeiro jogo foi logo contra o maior rival, mas em uma tarde marcada pelo nervosismo, ficaram no 0 a 0. Precisando vencer, o Palmeiras iniciou o embate frente ao Cruzeiro liderando o placar, graças a um tento de César, mas Palhinha deixou tudo igual. Na última rodada, o Alviverde precisou torcer por uma derrota do Corinthians e vencer o Botafogo por uma diferença maior de gols do que a vitória do Cruzeiro. Ao final do primeiro tempo, a torcida palestrina já comemorava três gols, Ademir marcou duas vezes e César uma.
Ferretti ainda descontou para os cariocas, mas não foi suficiente para tirar o título do Palestra Italia, pois os mineiros venceram por apenas 2 a 1. A Sociedade Esportiva Palmeiras alcançou o tetra campeonato nacional de forma emocionante, no saldo de gols, enquanto assistia os últimos lances da Primeira Academia e o nascimento da geração seguinte.
1972
Na primeira etapa do Campeonato Brasileiro, 26 agremiações foram divididas em quatro grupos de sete ou oito equipes que jogaram todas contra todas em turno único, classificando-se para a segunda fase as quatro mais bem colocadas de cada chave. Com 14 vitórias, 8 empates e apenas 3 derrotas, o Verdão avançou sem maiores dificuldades, caindo no grupo B, junto com São Paulo, América-RJ e Coritiba.
O primeiro jogo já quase custou o campeonato, uma derrota por 2 a 0 frente ao São Paulo obrigou os comandados de Oswaldo Brandão a vencerem os outros dois adversários e torcerem por um tropeço do rival. Graças aos 3 a 1 no América-RJ e aos 3 a 0 no Coritiba, aliado a uma derrota são paulina, o Alviverde avançou à semifinal.
Com a vantagem do empate, já que detinha a melhor campanha geral, o Alviverde segurou um 1 a 1 contra o Internacional do zagueiro Figueroa e, na final, nem o ataque comandado por Jairzinho foi capaz de furar a defesa palmeirense, Botafogo e Palmeiras ficaram no 0 a 0 em um Morumbi com quase 60 mil espectadores. O melhor time do torneio confirmou o favoritismo e conquistou seu quinto Brasileiro, sendo o primeiro título no âmbito nacional da Segunda Academia.
1973
Juntaram-se a ele, América (MG), Atlético (MG), Bahia (BA), Ceará (CE), Corinthians (SP), Coritiba (PR), Internacional (RS), Tiradentes (PI) e Vasco (RJ), jogando no mesmo formato da primeira etapa da competição, porém agora só os dois primeiros avançaram para um quadrangular final. Invicto e sofrendo apenas um gol, o Verdão liderou sem maiores dificuldades e chegou favoritíssimo aos últimos jogos do certame.
Com chute de Edu Bala, o Palmeiras iniciou bem a última fase, vencendo o Cruzeiro de Nelinho, Perfumo e Dirceu Lopes em pleno Mineirão. No Morumbi, o Internacional de Figueroa, Falcão e Rubens Minelli também se rendeu ao verdão, deixando o time de Oswaldo Brandão a um empate do título. Nem Waldir Peres, Pablo Forlán ou Pedro Rocha conseguiram parar Ademir da Guia e seus comandados. Um 0x0 com o São Paulo garantiu o hexacampeonato nacional e o bicampeonato consecutivo da Segunda Academia de Futebol.
1993
No grupo B, o Verdão terminou a primeira fase na liderança, após jogos de ida e volta contra sete adversários. Na segunda fase, a chave do Alviverde era composta por Guarani, Remo e São Paulo, novamente jogando entre si em turno e returno. Na antepenúltima rodada, os bugrinos e os gremistas já estavam eliminados, enquanto Palmeiras e São Paulo se enfrentaram no Morumbi, decidindo o finalista.
Com um chute certeiro de perna direita, Edmundo abriu o placar na segunda etapa após bela jogada de César Sampaio. Quando Sérgio sofria grande pressão na meta palmeirense, o mesmo Sampaio, em uma arrancada épica do campo de defesa, só parou depois de deixar o goleiro Zetti no chão e a bola na rede, carimbando a vaga palestrina na final.
O time de Vanderlei Luxemburgo jogou contra o Vitória nas finais. Os baianos chegaram após eliminar o Corinthians, Flamengo e Santos, tendo Dida como principal destaque. No primeiro embate, na Fonte Nova, Edílson decidiu no finalzinho, garantindo o 1 a 0 para o jogo de volta, no Morumbi. Apoiado pela torcida, o Verdão decidiu o confronto em menos de meia hora. Evair abriu o placar e, antes dos 25 minutos, Edmundo ampliou. Depois da seca de duas décadas, o Palmeiras estava de volta e a Era Parmalat estava só começando.
1994
Graças a duas vitórias pelo placar de 2 a 1, o Alviverde passou sem maiores dificuldades pelo Bahia Roberto Carlos e Maurílio marcaram no jogo de ida e César Sampaio e Evair sacramentaram a classificação na volta. Nas semifinais, a vítima foi o Guarani, que, com gols de Cléber, Zinho e Evair, saiu de São Paulo derrotado por 3 a 1. Já em Campinas, Rivaldo foi o nome da partida, marcando os dois tentos que garantiram a vaga na final. Finalíssima esta que foi disputada contra o Corinthians, justamente o último clube de Rivaldo.
O habilidoso canhoto não se firmou no rival e caiu cirurgicamente no meio-campo de Vanderlei Luxemburgo. Ele foi fundamental nas finais, marcando em ambos os jogos. No primeiro confronto, abriu o placar em uma arrancada sensacional e ampliou após desarmar o lateral Branco. Edmundo ainda marcou o terceiro após passe de Evair. Marques descontou, porém nada que colocasse o título em risco. O mesmo Marques ainda tentou estragar a festa no segundo jogo, abrindo o placar, mas Rivaldo apareceu para finalizar bela jogada de Edmundo.
2016
A trajetória eneacampeã começou no dia 14 de maio, quando mais de 33 mil torcedores assistiram à goleada por 4 a 0 sobre o Atlético-PR, no Allianz Parque. Após alternar bons e maus resultados nas rodadas iniciais, o time de Cuca engatou uma sequência de ótimas exibições no mês de junho, vencendo adversários importantes como Grêmio, Flamengo e Corinthians. Mas foi entre agosto e outubro que o Palmeiras construiu a sua maior sequência invicta no campeonato: 15 partidas sem perder (dez vitórias e cinco empates).
No período, o Verdão obteve resultados importantes e venceu Vitória, Atlético-PR (acabando com um jejum de oito anos sem vencer o rival em Curitiba-PR), Fluminense, São Paulo, Corinthians (na casa do adversário), Coritiba, Santa Cruz, América-MG, Figueirense e Sport, abrindo vantagem na liderança. Os 44 pontos conquistados no returno fizeram o clube terminar com a melhor campanha da história em um só turno no atual formato do Brasileirão.
A partir daí, com muita garra e sabedoria, foi só questão de administrar a distância sobre os adversários e esperar para comemorar o título, que, de quebra, ampliou a supremacia do Palmeiras como o maior campeão do Brasil: ao todo, são 13 troféus (nove Brasileiros, três Copas do Brasil e uma Copa dos Campeões). Na última rodada, a equipe alviverde coroou a campanha derrotando o Vitória, em Salvador-BA, em rodada marcada pelas homenagens às vítimas do acidente da Chapecoense.
2018
Além de ter somado mais pontos do que o restante dos clubes do Campeonato Brasileiro (80), o Verdão liderou diversos quesitos ao longo da competição: mais vitórias (22), menos derrotas (4), melhor ataque (64), melhor defesa (-26) e melhor saldo de gols (37), além de, segundo números do Footstats, ser o clube que mais driblou (267), mais interceptou bolas (222), mais desarmou (860), mais fez lançamentos (1651) e mais fez viradas de bola (171).
O meio-campista Lucas Lima encerrou a competição como o atleta do Palmeiras que mais atuaram na competição nacional, foram 34 jogos, enquanto Bruno Henrique, segundo colocado, atuou 33 vezes. Já a artilharia da equipe verde e branca ficou com Willian Bigode, que balançou as redes 10 vezes, seguido pela dupla Bruno Henrique e Deyverson, ambos com 9 gols. E o responsável do time por mais assistências no campeonato foi Dudu (14).
No elenco campeão brasileiro de 2018, 11 jogadores também fizeram parte da vitoriosa campanha do título do Brasileirão de 2016 e, portanto, são bicampeões pelo clube: os goleiros Fernando Prass e Jailson, os zagueiros Edu Dracena e Thiago Martins, os meio-campistas Thiago Santos, Jean, Moisés, Vitinho e Tchê Tchê e os atacantes Artur e Dudu. Dos 19 adversários do Alviverde no campeonato, a equipe venceu 18 deles ao menos uma vez. Apenas o Flamengo não foi superado pelo Verdão nesta edição do Brasileirão.
2022
Diferente de 2018, o Palmeiras de 2022 tinha muita estrelas no time e expectativas para o ano. Vindo de um título extraordinário da Libertadores contra o Flamengo, todo palmeirense esperava que o ano seguinte seguisse no mesmo ritmo. No entanto, as competições foram ocorrendo e, após partida polêmica contra o São Paulo, viu o sonho da Copa do Brasil se esvair pelas mãos. Na Libertadores, Felipão soube segurar o time de Abel Ferreira e, com isso, o alviverde deu adeus ao campeonato.
Dessa forma, com uma campanha sólida no Brasileirão, os esforços da equipe foram todos voltados para ele. Diferentemente da última conquista, o português contava com nomes como Murilo, que foi artilheiro na zaga junto com Gustavo Gómez, Piquerez, Danilo, Raphael Veiga, Rony. Aliás, ainda contou com Gustavo Scarpa em sua melhor temporada pelo Palmeiras, sendo eleito o melhor jogador do campeonato e, inclusive, o mais simpático jogador no Brasil, segundo os próprios colegas de profissão.
Ao todo foram 81 pontos, um a mais do que 2018 (80) . O campeonato também marcou a estreia de Endrick no profissional, que participou de 7 partidas, marcando 3 gols e dando uma assistência. Scarpa teve seu destaque, merecido, após marcar 7 gols e dar 16 assistências em 35 jogos, ficando de fora de somente três. A taça foi levantada em casa, em um sonoro 4 a 0 contra o Fortaleza, com o verdão já campeão na rodada anterior.
Libertadores
1999
A estreia palestrina ocorreu no dia 27 de fevereiro, contra o Corinthians, foi o primeiro dérbi da história válido pela Libertadores. O Alviverde, campeão da Copa do Brasil na temporada anterior, ganhou por 1 a 0, com gol do paraguaio Arce, aos 12 minutos do segundo tempo. No duelo seguinte, uma goleada: Palmeiras 5 a 2 no Cerro Porteño em pleno Estádio Defensores Del Chaco, em Assunção-PAR. Os tentos do Verdão, sendo quatro de cabeça, foram de Júnior Baiano (duas vezes), Cléber, Evair e Oséas.
Na sequência, foram três resultados adversos: 4 a 2 para o Olimpia no Paraguai, 1 a 1 com o mesmo Olimpia em São Paulo e derrota para o Corinthians por 2 a 1. Aliás, foi justamente ante o principal rival que o jovem Marcos, após uma lesão do titular Velloso contra o União Barbarense, assumiu a meta. Assim, a classificação só veio na última rodada, com o triunfo de virada sobre o Cerro Porteño por 2 a 1. Júnior Baiano, um dos artilheiros com seis bolas na rede, e Arce, com um chute de fora da área, sacramentaram a vaga nos mata-matas.
Nas oitavas, o adversário foi o Vasco da Gama, que, por ter sido campeão na edição passada, iniciou o certame uma fase à frente. No primeiro jogo, no Estádio Palestra Italia, empate por 1 a 1. No Rio de Janeiro, com show do meia Alex (então com apenas 21 anos), os comandados do técnico Felipão venceram epicamente por 4 a 2. O triunfo trouxe um ânimo sem igual ao elenco, que, na sequência, enfrentaria o Corinthians novamente.
O Palmeiras levou a melhor no primeiro confronto por 2 a 0, com gols de Oséas e Rogério. Mas o nome da partida foi o camisa 12 do Verdão. Marcos simplesmente fechou o gol. Foram várias defesas difíceis e de diversas maneiras. Foi ali, diante de um oponente histórico, que a alcunha de Santo começou a tomar corpo. No segundo encontro, o goleiro não conseguiu conter os corintianos na etapa regulamentar. Troco dos rivais por 2 a 0.
No entanto, na decisão por pênaltis, o arqueiro brilhou mais uma vez. Após ver Dinei bater para fora a segunda cobrança, Marcos defendeu o chute de Vampeta e se ajoelhou no gramado agradecendo a Deus. O Verdão estava na semi! O adversário a ser batido seria o River Plate-ARG.
No dia 19 de maio, no Monumental de Núñez, em Buenos Aires, o Verdão foi bombardeado. Os argentinos, com Sorín, Gallardo, Saviola e Angel, testaram de todos os jeitos o já São Marcos, contudo somente uma bola passou. O Alviverde perdeu por 1 a 0 e retornou a São Paulo-SP no lucro. No Palestra Italia, motivado pela classificação heroica na Copa do Brasil contra o Flamengo, o verdão sobrou. Em outra exibição de gala de Alex, que anotou dois, na vitória por 3 a 0, o Palmeiras, depois de 31 anos, voltava a uma final de Libertadores.
O rival na decisão foi o Deportivo Cali-COL, que havia eliminado o Colo-Colo-CHI nas oitavas, o Bella Vista-URU nas quartas e o Cerro Porteño-PAR nas semis. No dia 02 de junho, na Colômbia, o Verdão, em um jogo acirrado, foi derrotado por 1 a 0. Quatorze dias depois, o Alviverde, que tinha disputado nesse meio tempo as semifinais e a primeira final do Paulista e as semifinais da Copa do Brasil, foi a campo com Marcos; Arce, Júnior Baiano, Roque Júnior e Júnior; César Sampaio, Rogério, Zinho e Alex; Paulo Nunes e Oséas.
Aos 19 minutos do segundo tempo, Evair, de pênalti, abriu o placar. Aos 24, Zapata igualou. Mas Oseás, aos 30, marcou e levou para as penalidades. Logo na primeira cobrança, Zinho acertou uma bomba no travessão e deixou o Palestra apreensivo. A angústia só amenizou no quarto arremate do Cali, quando Bedoya também encontrou a trave. Na quinta batida palestrina, Euller bateu e deixou o Verdão em vantagem. Aí, todo palmeirense sabe… Zapata finalizou para fora e a América, pela primeira vez, tornou-se alviverde. Festa no chiqueiro!
2020
O Palmeiras saiu-se campeão ao vencer por 1 a 0, após gol do atacante Breno Lopes nos acréscimos do segundo tempo. O Alviverde conquistou o torneio pela segunda vez na história, 21 anos após a conquista de 1999. Como vencedor, garantiu o direito de participar do Mundial de Clubes de 2020, no Catar, além do direito de disputar a Recopa Sul-Americana de 2021 contra o Defensa y Justicia, da Argentina, vencedor da Copa Sul-Americana de 2020.
Além disso, recebeu 15 milhões de dólares (80 milhões de reais, na época) pela conquista do torneio, enquanto o Santos recebeu seis milhões de dólares (32 milhões de reais) pelo vice-campeonato. Com a conquista do título continental, o técnico da equipe, Abel Ferreira, tornou-se o terceiro técnico europeu campeão da competição, sendo o segundo português, após seu conterrâneo Jorge Jesus ter vencido o torneio com o Flamengo em 2019.
2021
O rival das quartas de final foi um velho conhecido que até então provocava más lembranças no torneio sul-americano. O São Paulo, que eliminou o Palmeiras nas edições de 1994, 2005 e 2006, entrou no caminho alviverde mais uma vez. Disposto a quebrar essa escrita, o Verdão buscou um importante empate por 1 a 1 no primeiro jogo no Morumbi, após sair em desvantagem no placar. Patrick de Paula foi o autor do gol palestrino.
A volta no Allianz Parque foi um dos jogos mais inesquecíveis do clube na história da Libertadores. Sem dar a menor chance para o rival tricolor, o Palmeiras se impôs e conquistou a classificação com um incontestável 3 a 0 com sabor de vingança. Raphael Veiga abriu o placar no início do primeiro tempo, Dudu ampliou na segunda etapa e Patrick de Paula, mais uma vez, fechou a conta.
Na semifinal, o Verdão tinha pela frente o elenco estrelado do Atlético-MG, líder do Campeonato Brasileiro. Em um duelo equilibrado, o técnico Abel Ferreira superou o atleticano Cuca mais uma vez, assim como na final da Libertadores de 2020 (na época, Cuca estava à frente do Santos). Apostando na importância do gol fora de casa, o Alviverde fez um jogo seguro no Allianz Parque, impedindo que os adversários tivessem liberdade para atacar.
Depois do 0 a 0 na ida, o time precisava de um empate com gols no Mineirão para garantir a vaga na final. Seguindo à risca o plano do treinador português, a equipe não se abalou mesmo depois que Vargas abriu o placar aos seis do segundo tempo. Mantendo a “cabeça fria e o coração quente”, o Palmeiras não deixou de acreditar na classificação em momento algum e, aos 22, logo após a entrada de Gabriel Veron, o jovem atacante ganhou de Nathan Silva em um lance de velocidade e rolou para Dudu colocar o Verdão na decisão.
Enquanto a maioria dos comentaristas esportivos e os torcedores rivais duvidavam das chances alviverdes de sair com a taça e viam o Flamengo como favorito, o clube chegou na final disputada em jogo único determinado a defender o seu título e provar sua tradição na CONMEBOL Libertadores. Mesmo em menor número, os palmeirenses incentivaram do início ao fim da partida e calaram os rubro-negros no Estádio Centenário.
Sempre decisivo, Raphael Veiga recebeu cruzamento de Mayke para abrir o placar logo aos cinco minutos do primeiro tempo. O Verdão controlou bem o jogo no primeiro tempo e só sofreu o empate aos 26 da segunda etapa, com gol de Gabriel Barbosa. Na prorrogação, o Palmeiras pressionou no ataque e não deixou o Flamengo jogar até o momento em que Deyverson marcou o gol do tricampeonato da Libertadores para o clube e fez a festa alviverde em Montevidéu-URU.
Com o triunfo diante do Flamengo, o Palmeiras entrou para o grupo dos times brasileiros com mais títulos de Libertadores, junto de Grêmio, Santos e São Paulo, todos com três taças. Além disso, o Alviverde se tornou o clube do país com mais finais disputadas (seis, ao lado do São Paulo – o Verdão disputou as de 1961, 1968, 1999, 2000, 2020 e 2021).
O Maior Campeão do Brasil fechou a edição de 2021 como a equipe nacional com mais participações no torneio (21, assim como São Paulo e Grêmio), mais jogos (210), mais vitórias (117), mais vitórias como visitante (44), mais gols (392), mais gols como mandante (233) e mais gols como visitante (156 tentos).
Campeonato Mundial
1951
Em 22 de julho de 1951, o Palmeiras realizou um dos maiores feitos de sua gloriosa trajetória. Foi neste dia, diante da forte e estrelada Juventus de Turim, que o Verdão conquistou o Torneio Internacional de Clubes Campeões, consolidado no futebol como o primeiro campeonato mundial interclubes da história.
O grito de campeão veio com uma vitória e um empate diante da Vecchia Signora nas finais, disputadas no Maracanã lotado de brasileiros preenchidos de esperança e alegria no primeiro grande triunfo do Brasil no “período pós-Maracanazo”. A decepção com o título perdido na Copa do Mundo de 1950 para o Uruguai dentro de casa ainda doía no coração dos brasileiros, mas a conquista palmeirense teve papel fundamental na recuperação da autoestima do torcedor e na reconstrução do futebol nacional.