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Confira o Raio-X do adversário de hoje do Palmeiras, às 21h30: “Mais difícil que parece”

Confira o Raio-X do adversário de hoje do Palmeiras, às 21h30: "Mais difícil que parece"

O Palmeiras vai à campo hoje enfrentar um adversário muito “chato”, daqueles que demandam um esforço extra para vencer: o Barcelona de Guayaquil. O time equatoriano pode estar longe de ser um primor técnico ou de contar com talentos individuais, mas tem armas o suficiente para obrigar o Verdão a suar.

O jogador Willian, da SE Palmeiras, comemora seu gol contra a equipe do FC Bolívar, durante partida válida pela fase de grupos, da Copa Libertadores, no Estádio Hernando Siles. (Foto: Cesar Greco)

Caldeirão Equatoriano

Tudo começa pela casa do time: o Estádio Monumental de Guayaquil tem capacidade para 60 mil torcedores bem no centro da cidade mais populosa de todo o Equador. A torcida do Barcelona costuma dar uma festa e o time vem embalado por uma série de 8 vitórias jogando em casa.

Em quem o Palmeiras precisa ficar de olho?

Em campo, o destaque fica para o veterano Damián Diáz, de 37 anos. Na atual temporada do campeonato equatoriano, os números do meia são assustadores: 10 gols e 8 assistências em 14 jogos apenas. Na atual edição da Liberta, o meia jogou as duas partidas e já deu dois passes para gol. O outro destaque é o centroavante argentino Jonathan Baunman, que soma 5 gols em 16 jogos no ano, mas costuma fazer a diferença taticamente.

Damían Díaz marcando gol na Libertadores pelo Barcelona S.C. (Reprodução: Internet)

O jogo é de extrema importância para o Palmeiras: já que todos os times do grupo C se encontram com a mesma pontuação, é vital conseguir uma “gordura” agora e se distanciar das últimas duas colocações. Ainda assim, pelo saldo de gols apenas, o Palmeiras é o atual lanterna do grupo. Uma vitória, porém, pode alçar o time direto para liderança.

Quais são os pontos a se prestar atenção?

O time do Bacelona tem uma taxa bem alta de chutes 13,5 por jogo na Libertadores, com pouco mais da metade deles em direção ao gol. O numero de dribles por confronto também é alto. Dessa forma, se entende que é um time mais rápido, que finaliza bastante e depende da qualidade individual de seus atletas. Aliás, a maioria dos seus gols foi dentro da área, o que pode ser um problema, já que, nas últimas partidas, estamos levando muitos gols por falhas individuais dos nossos zagueiros.

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Murilo sendo expulso contra o Atlhetico na semifinal da Libertadores 2022 (Foto: Cesar Greco / Palmeiras)

Porém, os equatorianos tem dificuldade em manter a posse de bola. Isso porque, sua média de posse de bola no campeonato é de apenas 45% e, de todos os passe tentados, acertaram apenas 71,7% deles. A precisão nos cruzamentos e bolas longas também é bem baixa, o que serve como mais um indicativo de falta de qualidade e domínio do jogo. Logo, fica claro que eles jogam, na maioria das vezes, no contra-ataque ou por apenas uma chance.

Apesar disso, vale ressaltar alguns pontos que contribuem para nosso jogo e podem ser explorados. Eles dão bastantes botes por partida, mas só metade são efetivos. Assim, o Palmeiras pode apostar em um jogador com qualidade individual maior como Endrick ou Giovani seria interessante. O próprio Richard Ríos, que é especialista em roubadas de bola e ligações rápidas seria muito interessante. A média de dois cartões amarelos por confronto elucidam essa ideia de precisarmos explorar mais as individualidades.

Richard Ríos na época em que defendia o Guarani, antes de vir ao Palmeiras (Reprodução / Guarani)
Richard Ríos na época em que defendia o Guarani, antes de vir ao Palmeiras (Reprodução / Guarani)

E o que o Palmeiras pode explorar?

Um dos pontos deles mais fracos, que é nosso grande trunfo na maioria dos confrontos á a bola aérea. Eles só vencem 46,8% dos duelos no alto. Inclusive, muito disso está atrelado ao time ter uma baixa estatura. Do confronto contra o Bolívar, apenas três atletas tem mais de 1,80, sendo dois os zagueiro e um o atacante. Deste modo, apostar em jogadas de bola parada ou escanteios com Gustavo Gómez e Murilo seria o ideal, pensando em como surpreender o adversário.

Palmeiras’ Paraguayan Gustavo Gomez celebrates the Copa Libertadores football tournament title after defeating Flamengo in the all-Brazilian final match, at the Centenario stadium in Montevideo, on November 27, 2021. (Photo by Juan Mabromata / AFP) (Photo by JUAN MABROMATA/AFP via Getty Images)

Fato é que o Abel terá bastante dificuldade, pensando em quem escalar no ataque. Ele pode optar por um duelo mais rápido, usando Endrick e/ou Giovani, ou entrar com Flaco López ou Rafael Navarro, pensando nas bolas aéreas e em um pivô na grande área, para fazer parede ou escorar uma bola no primeiro pau em um escanteio.

Endrick comemorando primeiro gol profissional no Allianz Parque (Foto: Cesar Greco / Palmeiras)

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