Na primeira passagem, foram apenas cinco meses. Na segunda, conquistaram dois títulos e cada vez mais na história do São Paulo. Essa é a história de Jonathan Calleri com a camisa tricolor.
Em entrevista à Globo na última sexta-feira, o atacante argentino falou sobre os últimos troféus, a Supercopa Rei, contra o Palmeiras. O artilheiro elogiou o rival são-paulino, mas deixou claro: o Alviverde não gosta de jogar contra o time do Morumbi.
“Era o título que faltava ao São Paulo. A verdade é que a gente tinha na cabeça que se fosse contra o Palmeiras, a gente ia conseguir ganhar. Eu falo mesmo: eles são um dos melhores times da América, um grande treinador, têm uma filosofia de quem ganha faz tempo, mas eles não gostam de jogar contra nós. Sabem que somos um time chato, que briga demais”, destacou.
“Contra eles tínhamos muita chance de ganhar, pelo que aconteceu no ano passado. Não deu nos 90 minutos, fomos confiantes nos pênaltis, todos bateram bem. Rafael fez o dele, tinha sido importante na Copa do Brasil. Foi um grande começo de ano, a gente já começa com título”, completou.
Antes de um 2023 mágico, o São Paulo teve um 2022 conturbado, perdendo o título da CONMEBOL Sul-Americana para o Independiente del Valle. A dor foi ainda maior para Calleri, que jogava ‘em casa’, já que a decisão foi tomada em Córdoba, na Argentina.
“Era uma final em meu país, com toda a minha gente. Em um estádio em que eu já tinha sido campeão pelo Boca. Tinha tudo para ganhar. Não deu. Como todo mundo, eu errei. Todo mundo errou. Não consigo ver os lances, o jogo. Não lembro do que aconteceu depois do 2 a 0. Apaguei da mente. Machucou porque eu tomo o São Paulo como minha casa no Brasil, e todo mundo que cantava meu nome dois meses antes, foi quem me criticou demais, que colocou nas minhas costas a derrota na final.”
Porém, tudo mudou na última temporada. Calleri se recuperou das dores do segundo lugar para dar a volta por cima e conquistar a Copa do Brasil. Para o argentino, daqui a alguns anos, tudo será lembrado com seu nome estampado no muro do clube.
“Mas como jogador do clube, capitão, que se identifica com o clube, sinto essa pressão, e em 2023 tudo mudou. A gente conseguiu passar de dois rivais (Palmeiras e Corinthians) e ganhar do melhor time da América (Flamengo). O dia que eu voltar aqui em dez anos, não como jogador, com minha família, vou ter o quadro na parede, vou lembrar que venci a primeira Copa do Brasil com o São Paulo.”
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