O Palmeiras está próximo de tomar uma decisão efetiva nos próximos dias. Segundo o jornalista Jorge Nicola, o Verdão cogita rescindir o contrato com a Puma, marca que produz as camisas de clubes. E o motivo não é apenas a violação do contrato de exclusividade.
De acordo com o jornalista, a decisão do Palmeiras também pesou no preço e na qualidade das camisas da marca. A pouco tempo, o clube paulista lançou uma nova camisa com preço mais em conta e qualidade de material inferior.
Recentemente, a perspectiva de Puma se tornar a nova marca do Bahia chamou a atenção, e o clube paulista está chateado, com ambas as partes assinando um acordo exclusivo. Então o acordo será quebrado.
Nos bastidores do clube já se fala em mais uma marca para 2024. E de acordo com o jornalista Jorge Nicola , isso não é novidade Porque um velho conhecido pode retornar a produzir e estampar a camisa do Palmeiras, a Adidas.
WTorre e Palmeiras: polêmica escancara grandeza do clube e liderança de Leila Pereira
Desde que a WTorre fechou negócio com o Palmeiras, todos os rivais, assim como parte da mídia, começou a dizer que o clube estava vendendo sua história para a iniciativa privada. No entanto, desde a inauguração em 2014, são 12 títulos. Assim, a imprensa se rendeu ao modelo rentável entre o verdão e a Real Arenas, empresa que gere o Allianz Parque e que pertence a WTorre. Mas, algumas matérias recentes e até mesmo a presidente do alviverde escancararam que as coisas não são tão simples.
Entenda a polêmica entre Palmeiras e WTorre
Como o NossoPalmeiras já disse algumas vezes, a relação com a empresa é muito mais antiga do que a gestão de Paulo Nobre, tendo sido assinada pelas mãos de Luiz Gonzaga Belluzzo, presidente do verdão de 2009 a 2011. A ideia era um plano gradativo de pagamentos ao Palmeiras para uso da arena e, em 2040, a mesma seria entregue em definitivo. Tudo começou bem, com os pagamentos mensais sendo feitos desde novembro de 2014. Porém, a situação não continuou como devia.
Isso porque, o que devia ser feito mensalmente, ocorreu somente de novembro de 2014 até junho de 2015. Desde lá, a WTorre não paga os proventos ao alviverde. O acordo devia funcionar da seguinte forma: 20% das receitas iriam para o porco nos primeiros 5 anos de estádio. Depois, 25% entre o 5º e o 10º ano. E assim iria gradativamente, de 5 em 5%, até chegarem nos 45% de 25 a 30 anos da abertura. Tendo em vista que esses eram os valores referentes a eventos, lojas, lanchonetes e estacionamento.
A conta é parecida para as rendas de naming rights, cadeiras e camarotes, chegando a 30% no período de 25 a 30 anos. Todavia, o que parecia um negócio super lucrativo se mostrou uma pedra no sapato. Aliás, se tornou caso de polícia. Isso porque, segundo a direção palestrina, a empresa deve quase R$ 128 milhões. Após uma série de tentativas de resolver isso internamente, vendo que a questão não chegava a um consenso, a mandatária atual do verdão decidiu recorrer à Justiça e polícia.
Leila Pereira critica a empresa responsável pelo Allianz Parque
Em entrevista recente ao GE, a mandatária comentou sua opinião sobre a questão. Em resumo, ela destacou que o problema é antigo, datado em praticamente oito anos e que não pagaram nenhum dos valores combinados desde a metade de 2015, como o NossoPalmeiras já havia informado. Depois, tratou de retificar o que pensava quando as pessoas elogiavam o modelo de negócio do Allianz Parque: “Quando falam que o Allianz é um case de muito sucesso, não é um case de sucesso. Seria, se pagassem o que devem“.
Como a polêmica e dívida escancaram a grandeza do clube?
Simples. O valor é altíssimo? Sim. Mas, em perspectivas futebolísticas, não traria uma estrela de renome, por exemplo. É só compararmos o fato de que Endrick foi vendido por R$ 100 milhões praticamente, mesmo que de forma parcelada. Com esse valor, hoje, o Palmeiras conseguiria comprar dois ou três ótimos jogadores com destaque. Só que isso não seria um argumento suficiente para validar uma dívida, certo? Novamente correto. Só que, essa questão é um pouco mais complexa.
A gestão de Mattos, por exemplo, contratou muitos jogadores de uma vez até achar pérolas, deixando diversas dívidas. Muitas delas foram quitadas por conta dos títulos vencidos pelo clube e notoriedade dada por eles. Com isso, trago outro questionamento: se achávamos que o clube recebia mensalmente os valores e cotas da Real Arenas, como quitou as dívidas, contrata sem problemas e se tornou um modelo de gestão? Esse mérito pode ser dado a três nomes: Paulo Nobre, Maurício Galiotte e Leila Pereira. Só que, hoje, ainda mais para ela.
Os mandatários souberam gerir o time com o dinheiro de vendas, patrocínios e cotas de TV, sem qualquer dinheiro proveniente da WTorre. No caso da empresária responsável pela Crefisa, inclusive, houve um trabalho tão bem feito que, desde que assumiu, o verdão fechou os anos todos com superávit. Ou seja, não só quitou as dívidas, como fechou com lucro real. Então, sempre que um rival te disser que o Palmeiras não vive sem cotas de terceiros, basta dizer que o clube é vive de sua própria glória e gestão competente.
Veja também
- Após negociação, atacante dos 'sonhos' não deve mais assinar com o Palmeiras
- Ex-Palmeiras pode assinar com time de Ronaldo na Espanha
- Vidente aponta quem ganha entre Bahia x Palmeiras pela 34ª rodada
- "Maior da história"; Nicola expõe possível chegada de reforços dos 'sonhos' ao Palmeiras
- "Pediu para ser negociado"; Multicampeão quer deixar o Palmeiras de Abel
- Palmeiras toma decisão sobre possível acerto com Léo Pelé, do Vasco
Veja mais notícias do Palmeiras, acompanhe os jogos, resultados e classificação além da história e títulos da Sociedade Esportiva Palmeiras.